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A mostrar mensagens de novembro, 2010

Her morning elegance - Oren Lavie

Um som muito agradável e um vídeo muito giro. Uma pequena pérola que descobri graças a um amigo francês, o Fred, naquela coisa-obra-do-demo que é o 'livro das fronhas', também conhecido por Facebook.

O clássico desta semana

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A sede do mal

'Touch of evil', no original de Orson Welles. De 1958. Com um elenco de luxo. Amanhã, no Cineteatro do Campo Alegre, às 22 horas.

Au Revoir Simone - The Lucky One

A música do trailer de 'O Refúgio', de François Ozon.

A música do filme, cantada por Louis-Ronan Choisy e Isabelle Carré

Composta, tal como a restante banda sonora do filme, pelo próprio Louis-Ronan Choisy, que acumula funções de actor, compositor e cantor.

O refúgio

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Um filme nada fácil. Muita realidade, especialmente no que diz respeito às agulhas e às drogas e a um mundo não muito cor-de-rosa. Não obstante isso, acaba por ser interessante porque, de cada vez que parece que sabemos o que se vai passar no filme, acabamos por nos enganar. Isto - e é conclusão a tirar! - é sermos conduzidos ao sabor do que quer quem está por detrás das câmaras, mesmo que não gostemos de estar a ser conduzidos, numa espécie de labirinto esguio em que François Ozon tenta fugir a todas as soluções fáceis e que tornariam o filme ou num feeling good movie ou num longo rosário de deprimente intelectualismo revivalista dos anos 80. É uma sensação estranha, que nos deixa em suspenso, como se nos sentíssemos atirados contra paredes de sentimentos que não são os nossos e que não são a forma como gostaríamos que as coisas fossem e acabassem. Borboletas no estômago, umas quantas vezes. Um aperto, de vez em quando. E alguma esperança no final.

Isso e a música dos Sigur Ros, pronto...

All alright

Quando a sereia canta Sigur Ros...

O filme é realizado por Neil Jordan. É uma história simples, que se desenrola numa aldeia piscatória irlandesa, entre os limites do mito e da realidade. As personagens são bonitas, em especial a interpretada pela pequena Allison Barry, que faz de filha de Colin Farrell, num desempenho impecável. A fotografia é excelente, a realçar as cores do mar e da costa e toda a ambiência do mundo da pesca. Em resumo, acho que Neil Jordan fez simplesmente um filme de que gostava, com os actores que quis, sem pretensões e sem aspirações pseudo-intelectuais. Isso conquistou-me, definitivamente.