a rapariga do alfinete

...enquanto fazia a viagem de carro para a Figueira da Foz, ia contente. Primeiro, porque o workshop de patchwork no Muuda foi muito bom! A mera descoberta de algo que nos faz relaxar e que nos permite religarmo-nos ao mundo através do trabalho com as mãos e não puramente intelectual, sentada em frente a um computador, é, para não dizer mais, libertadora. Depois, porque naquele workshop , como se se tratasse de um passe de mágica, dei comigo a reconhecer do outro lado da mesa - e por um acaso inusitadamente mágico! - as histórias de uma pessoa que só conhecia através do blogue e pelo nome de blogue. Foi um momento fantástico aquele em que, perante os olhares estupefactos das restantes presentes e a nossa própria incredulidade, nos reconhecemos uma à outra. Uma boa surpresa, mesmo mesmo boa...! E não sei se terá algo a ver com isso mas dei comigo a trautear esta canção durante a viagem:

Conta-se uma que só vem dar mais razão de ser ao nome do meu blogue. E que se trata de um workshop de patchwork a que fui, juntamente com a Joana e a Marta, no Muuda . Consistia em aprender a fazer brinquedos para crianças, com recurso à técnica do patchwork . E eu escolhi fazer uma galinha: entre moldes, tecidos, tesouras, lápis, alfinetes, agulhas e linhas, lá comecei a alinhavar a dita. E eis como estava depois da primeira sessão, há dois sábados atrás. E como está agora, já depois da segunda sessão. Já parece mais um galináceo digno desse epíteto! Ainda lhe faltam os olhinhos, a crista e o lencito ao pesçoço...mais ou menos psicadelicamente coloridos, como tudo o resto, pois claro!!! Mas logo logo mostro o resultado final; é só ter um tempinho para isso...

Ontem. E a pedido de várias famílias. Há já muito tempo que sou bombardeada com a pergunta 'Para quando a continuação do diário da viagem...?'. Ora, sem subterfúgios palermas, a verdade é que fui encurralada a um canto por um post algo complicado acerca do quarto dia da viagem! Encostou-me completamente às cordas! E tudo por causa de uma difícil escolha de fotografias e da necessária e trabalhosa operação de redimensionar os originais para tamanhos mais facilmente manuseáveis no blogue. E a verdade é que não faz sentido nenhum saltar o quarto dia num diário de uma viagem de trinta dias! De maneiras que e andando eu cheia de vontade de ocupar o espaço deste blogue daquilo a que se destina - o registo e a partilha de algumas coisas que vou fazendo e pensando -, decidi-me finalmente! A criar um blogue-caderno-de-viagens e transferir para lá os posts do Indochina Dream (ainda que sem os comentários...desculpem mas sou suficientemente analfabeta em termos bloguísticos para não ter