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A mostrar mensagens de dezembro, 2011

Umas mais do que outras

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Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas.   Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas.   As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas.   Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas.   Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas.   A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas.   (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas.) Todas as cartas de amor são ridículas Álvaro de Campos

Ah, e do sono em dia...!

Finalmente e depois da correria que foi o Natal - em absoluta consonância com o ano que agora acaba! -, pus o sono em dia. O sono faz-me muita diferença. Mas as contas que com ele faço, todo o ano, acabam sempre na coluna do 'a haver'. Hoje não. (Suspiro, ao mesmo tempo que espreguiço...)

De uma luz que nunca se apague

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Preciso

De um restaurante de sushi . Aberto esta noite. Das flores de limão com que o sashimi saboreia os meus lábios. Do gengibre fresco que me irrompe, como vagas, nariz adentro. Do saké gelado, em copinhos pequenos. E das palavras grandes que servimos. De sacudir este torpor que me encolhe hoje. Da amizade, esse barbitúrico de luxo, que o hipnotiza e o exorciza na dança dos meus olhos.

E porque hoje é Natal...

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Feliz Natal!

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E o dia contrariou-me

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Primeiro, porque mal abri a porta de casa, tinha um desenho da Rita colado na porta. Escrito por ela, do alto da importância dos seus quatro anos. Fez-me sorrir. O outro sorriso abriu-se-me na cara quando meti a chave na caixa do correio e dei com este postal. De um amigo que nunca se esquece de mim, atrevo-me a dizer, mas especialmente nesta época do Natal! Obrigada por me aquecerem o coração!

Pesadelos pesadelos pesadelos

Foram a matéria desta minha noite. Espero que o dia me contrarie hoje...!

Wishing

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Férias mas...

...atarefadas! Estou cheia do que fazer, como sempre! Não consegui confeccionar todas as prendas que gostaria de dar às pessoas de quem gosto - e que ainda são bastantes, para minha grande alegria e regozijo...! -, ainda tenho compras de Natal para fazer e a minha grande vontade é deixar-me estar deitada no sofá. Porque não me apetece fazer rigorosamente nada do que tenho para fazer. E, sobretudo, não me apetece obrigar-me a mim própria a cumprir a longa lista de tarefas que tenho na minha cabeça. Até porque acabo sempre a fazer coisas que fazem parte das listas da mãe, das irmãs... Passo o ano a tentar impôr-me regras, disciplina e obrigações. Chego a esta altura e estou exaurida disso. Só me apetece fazer todas as coisas que me sabem bem mas que não fazem parte da lista malvada. Ler, ouvir música, tricotar,  patchworking , ir ao cinema, comprar livros e cd's para mim (sem olhar para a lista e pensar 'este era bom para dar a esta pessoa' e mais um check !

The subversive in me also dances

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O meu primeiro presente de Natal

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Chegou hoje no correio o meu primeiro presépio de papel. Na versão do it yourself . Obrigada, Paulo! Adorei.

She came home for Christmas - Mew

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Decorating II

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Decorating I

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Listening to

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In the mood for Christmas

Um bocadinho tarde...mas lá chegou!

E uma canção inquietante

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E...

...de um armário cheio de vestidos a um vazio despido vai apenas uma porta entreaberta.

Um armário cheio de vestidos

Na semana passada, fiz algo que já não fazia há anos. Passei a tarde de sábado com o meu pai, nas compras de Natal. Entrámos e saímos de quinhentas mil lojas...sem exagero, claro está! E, se peco, é por defeito. A parte importante foi que, além de o balanço em termos de compras ser positivo - risquei umas poucas da minha lista! - e ter sido um tempo bem passado com o meu pai, dei comigo, surpreendida, a pensar 'Caramba, não venho às compras de roupa para mim há séculos!'. A que se seguiu um óbvio 'Irra, que o meu guarda-roupa está mesmo a precisar de uma remodelação!!. E um ainda mais gritante 'Porra, tenho que comprar trapinhos novos, que os meus estão uma lástima!'. Bom, três respirações fundas depois, comecei a raciocinar sobre o tema. E, quando cheguei a casa, já tinha tirado algumas conclusões sobre o assunto. Ora bem. As linhas de força são a preguiça - também chamado por mulheres como eu, de pragmatismo! -, o asco a centros comerciais, a falt
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And with a knitting kit! Specially in Christmas time.

Desejo sob os ulmeiros

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Peça da autoria do Nobel da Literatura de 1936, Eugene O'Neill. Encenada por Nuno Cardoso. Reposição. Desta vez, no Teatro Carlos Alberto. Eu vou esta noite.

Somos a primeira pessoa do plural

  Estamos tão perto uns dos outros. Somos contemporâneos, podemos juntar-nos na mesma frase, conjugarmo-nos no mesmo verbo e, no entanto, carregamos um invisível que nos afasta. Ouvimos os vizinhos de cima a arrastarem cadeiras, a atravessarem o corredor com sapatos de salto alto, a sua roupa molhada pinga sobre a nossa roupa a secar; ouvimos a voz dos vizinhos de baixo, dão gargalhadas, a nossa roupa molhada pinga sobre a roupa deles a secar; cheiramos as torradas dos vizinhos do lado, ouvimo-los a chamar o elevador e, no entanto, o nosso maior problema não é apenas não nos reconhecermos na rua. O nosso problema grande é estarmos convencidos que os problemas deles não nos dizem respeito. A nossa tragédia é acharmos que não temos nada a ver com isso. Há três ou quatro anos, caminhava com um conhecido no aeroporto. De repente, ouviu-se um estalido. Ele agarrou-se ao peito com as duas mãos, caiu de joelhos e, pálido, esperou por morrer. Não morreu. Tinha-lhe rebentado um isqueir

Quando os corpos falam

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Tudo porque...

...nestes dias húmidos, cinzentos, pegajosos, a melancolia se entranha nos ossos. E me adormece, entorpece e aborrece.

For the love of life - David Sylvian

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And slowly, you come to realize It's all as it should be You can only do so much If you're game enough You could place your trust in me For the love of life There's a trade off We could lose it all But we'll go down fighting And what of the children? Surely they can't be blamed for our mistakes? And slowly I've come to realize It's all as it should be That hiding space A lonely place How can the right thing be so wrong? I've found mistakes Where they don't belong For the love of life We'll defeat this They may tear us down But we'll go down fighting Won't we?

Pois bem.

Se julgam que o vosso carro xpto , fruto da tecnologia alemã, que até tem uma luzinha amarela para avisar que o depósito de combustível entrou na reserva - e, dizem os manuais, uma luzinha vermelha, para quando está mesmo nas lonas e até, diz o estupor do booklet que têm de ler quando o carro pára sem saberem porquê, uma mensagem a dizer quantos litros faltam até ao vermelho! - vos vai avisar a tempo de chegarem a um posto de abastecimento, desenganem-se e acreditem no que digo: é mentira. É, aliás, uma das muitas patranhices que vos contam no momento em que vos vendem o carro. Essa e a de um depósito que entra na reserva aguentar cerca de 100 km. À conta das patranhices, o meu carro decidiu desfalecer, esfomeado, a cerca de 200 metros do posto de abastecimento. Ligou-se os quatro piscas, leu-se o manual - com a lanterna do telemóvel, essa funcionava! -, telefonou-se para o pai - ainda que estivesse a mais de 30 km e não servisse de nada estar a ligar, ainda antes de l

Há coisas que nunca mudam

Desde a minha infância tardia que 'La Negra' e as suas canções - ou melhor diria, os seus hinos - povoam a minha vida. Sempre lá regresso. Caído entre amores que jazem em secos leitos, esquecido no campo das feridas que tristeza e lamento sangram, nas desilusões das trincheiras e dos enganos que nelas resistem, é aqui que encontro o baluarte das minhas guerras perdidas. São palavras ditas por ela o ombro que carrega o meu moribundo porta-estandarte. Que o arrastam, à força de braços, por sulcos de lama e tropeções pedregosos, até ao hospital de campanha. Há coisas que nunca mudam. A névoa ardente que dança nos meus olhos e a labareda que no meu peito se arrepia quando ouço esta música, este poema de Julio Numhauser, da maneira como ela os canta. Mercedes Sosa, 'La Negra', é a voz daquilo que sonho para um mundo que valha a pena. Cada música dela, cada poema a que ela dá voz me sussurra algo, alguém. Algo que vale a pena viver, sonhar, respirar. Alg

Todo cambia - Mercedes Sosa

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A única música de todo o filme. 

Temos filme

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O filme do Moretti é genial! Para começar, a ideia é fantástica. Quem conhece o Nanni Moretti está a imaginá-lo, sentadinho no seu sofá, provavelmente durante a última eleição papal, a gramar com a transmissão em directo da Praça de S. Pedro, em todos os canais da RAI e a pensar, enquanto o Cardeal anuncia Habemus Papam , lá com os seus botões: E se o Papa tivesse um ataquinho e não assomasse à janela...? Verdade seja dita: se bem o pensou, melhor o fez. É uma comédia recheada de momentos verdadeiramente hilariantes, que joga, de uma forma perfeita, com a ignorância que todos temos dos momentos mais sigilosos vividos, à porta fechada, entre as paredes do Estado mais pequeno do mundo, e com o preencher desses vazios com uma imaginação fora do vulgar e de inegável humor inteligente. Entrelaça, de modo sábio e brilhante, o barro que enforma o homem recém-eleito como Papa e o mármore do papel que este desempenhará, como Sumo Pontífice, sempre num timbre irónico, que nunca

Tea an thorazine - Andrew Bird

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animate yourself an alternate reality consummate a self-pleasing artificiality you can have yourself a tea 

Wondering

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Wild beasts - Lion's share

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Oh what am I supposed to think? Do I pull you out or do I let you sink?

Debaixo da porta

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Quando entrei em casa. A Rita, a minha vizinha de quatro anos do 3.º andar, fez a árvore de Natal e o presépio hoje. Praticamente sozinha. Estava tão feliz que me fez um desenho. Ao que parece, esta sou eu!!! Colocou-o debaixo da minha porta porque hoje não tive tempo para uma visita. Mas foi bom chegar a casa esta noite...!

Listening

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Por falar em cinema

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 As palavras-chave são 'desilusão', 'estereótipo' e 'fácil'. É este o resumo que faço do filme. Se a ideia não é de todo mal apanhada e conceptualmente interessante, o desenvolvimento da ideia apareceu-me como um todo mastigado, sensaborão e, a certa altura, monótono e secante. Posso dizer, sem grandes dificuldades, que a única cena que me arrancou uma gargalhada sentida foi a da cena non sense e inusitada - se calhar, por isso mesmo, gostei! - do detective contratado que, de repente, interrompe o pequeno-almoço do Luís e da Maria Antonieta, em pleno Palácio de Versailles, e desata a correr, perseguido por dois guardas reais, Sala dos Espelhos fora. O resto foi um desfiar longo e penoso de repetição da mesma ideia até à exaustão. Fez-me alguma impressão - apesar de até poder corresponder à verdade histórica...sei lá! - ver o Hemingway que marcou para sempre as manhãs melancólicas da minha vida com a cena final do 'Adeus às armas&#

IV Ciclo de Cinema Espanhol

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Começa hoje. No Porto. Na Biblioteca Almeida Garrett e em Serralves. O programa fica aqui . Quero ir. Até porque a maioria dos filmes parece interessante, lida a respectiva sinopse. E o facto de a biblioteca ficar a uma walking distance de casa parece-me tão bem!

De volta!

Já na noite de segunda-feira. Andei, entretanto, a colocar em dia o trabalho. Sim, porque basta faltar um dia para o serviço se complicar. Mas valeu a pena pelo bem que soube!