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A mostrar mensagens de abril, 2020

Não sei se sabes

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Não sei se sabes que a meio da manhã o verde dos teus lábios passou para as encostas e um gomo transparente adormeceu nos juncos e abriu. Abriu um brilho qualquer na gruta fria e pôs uma fogueira pequenina numa taça e elevou as mãos quentes pelo dia. talvez tu saibas que o principal do amor é uma montanha de efeitos secundários. Não sei se sabes Rui Costa

Se há coisa que me faz ter esperança

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no regresso à normalidade e em poder voltar a dançar, é isto. Ciac Boum, Le branle des abeuilles.

A Primavera vem aí.

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O tempo não está bom mas a Primavera vem aí.

Os Guardiões do Louvre

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Jiro Taniguchi.

Poesia de cabeceira I

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Entre os projectos a acabar e a começar em tempos de isolamento social, tenho trazido aos poucos os livros de poesia para a mesinha de cabeceira. Vou lendo aos poucos antes de adormecer. Ou vou lendo, antes de adormecer aos poucos, não sei bem. Este, de que gosto muito, foi um dos primeiros. Uma colectânea de um colega de curso e amigo dos tempos da faculdade, que já não está connosco. Infelizmente para nós, porque, para além de tudo o resto, tinha um talento enorme, cortado tão rente quanto cedo, para escrever.

Patchwork

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Em tempo de isolamento social, tenho acabado muitos projectos que tinha em mãos. Mas não tive coragem de olhar para o projecto que tenho inacabado há mais tempo. Porque me tenho sentido incapaz de o acabar. Até agora. Já devo estar há demasiado tempo dentro de casa para ter a ilusão que sou capaz de fazer isto. Qual Capitão Ahab, frente à baleia branca. A ver vamos. P.S.: O que mais me enfurece é que, ao arrepio do que costumo fazer, isto parece não ter esquema nenhum e ser à sorte...e isso aflige-me. Deve ter sido um acto rebelde da minha parte mas agora, bem vistas as coisas, não sei se estou muito contente com isso.

Sol, varanda e gin.

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Regresso ao caderninho.

Gosto de revisitar o que escrevo, o que fotografo, o que me sai das mãos, os meus desabafos. E o formato de que mais gosto sempre foi este - de caderninho digital. O facebook é-me confuso e pouco dado a meticulosas etiquetas, de que tanto gosto. A arrumação por página e a paz que me traz o saber onde encontrar o que procuro fez-me voltar. É trabalhoso repor muito do que se fez nos últimos quatro anos mas, com o isolamento social, não posso queixar-me da falta de tempo. E a verdade é que está a saber-me pela vida este trabalho. Este recolher da memória faz bem. Traz até mim pessoas, sítios, livros, escritos e coisas que gosto de recordar. Que me desculpem os poucos que me seguem aqui e que vão levar com uma enxurrada de actualizações. Mas não há outra maneira. 

E que falta me faz a vertigem de uma valsa bonita.

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10 years Muziekpublique | Calamalys : Adieu Ma Dédeé

Pequenos afazeres domésticos ao som de uma scottish de que gosto muito.

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Le Lezard - Cyrille Brotto.

Hoje as minhas flores são de fogo.

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O meu primeiro xaile e o meu primeiro gorro

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Trouxe esta lã de uma retrosaria muito antiga, com um senhor certamente nos seus 70 anos e muito sabedor do que vendia, no bairro de Buenos Aires onde fica a casa de Carlos Gardel e para onde caminhava, numa manhã cinzenta e de luz difusa.

Leitura da manhã. Tão bonito e tão triste.

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Prendas no elevador

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Em dias de confinamento, as prendas de aniversário - deixadas dentro de elevadores - são feitas por nós. Esta estava feita há muito tempo - só não estava rematada -, à espera deste dia. Agora, desfeito o segredo, já posso mostrar

Vintage mexicano

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Esta manta é talvez das coisas de que mais gostei de fazer e das que mais me orgulho. Fi-la há uns quatro anos mas, desde que comprei uma cama maior, tem ficado fechada no armário. Agora, precisava de aperfeiçoar uns acabamentos e alguns pedaços que se tinham estragado por estar fechada e arrumada, sem uso. Como este tem sido o período em que há tempo para fazer esses trabalhos pouco portáteis, consegui terminá-lo. O que não consegui foi voltar a guardar a manta no armário: agora, está no sofá onde costumo passar algumas das minhas horas de lazer. Não tinha muita certeza acerca de tanta cor, com o tapete e tal, mas, as vezes, é preciso arriscar. Agora parece uma casa mexicana. Vintage mas definitivamente mexicana
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Todas as manhãs, enquanto olho, distraída, para as folhas do diospireiro em frente da minha varanda, vem-me à cabeça a estrofe final do poema de Herman Melville, 'Malvern Hill': Nós, ulmeiros da colina de Malvern Tudo recordamos; Mas a seiva de novo inundará os galhos; Não importa como se agita o mundo, As folhas devem verdejar na Primavera. We elms of Malvern Hill Remember every thing; But sap the twig will fill; Wag the world how it will, Leaves must be green in Spring. Muito apropriado aos dias que vivemos, especialmente as duas últimas linhas.

Isolamento social: mantas de crochet e séries.

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Base de chávena de café para a Rosa

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8-9 cm de diâmetro.

O meu MP3 e o meu disco rígido têm casinhas novas, feitas à medida.

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Domingo de Ramos e palmiers caseiros, com o doceiro de serviço.

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Um conjunto muito simples e fácil de bases para copos, feito com restos de lãs.

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Não é a bolsinha mais perfeita que fiz

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Não é a bolsinha mais perfeita que fiz - coser fechos em bolsas circulares é um petisco que nem vos conto! - mas gosto do resultado final. Apesar de não estar perfeita, fui eu que fiz. 10,5 cm de diâmetro.

O que vai ganhando forma em pleno isolamento social. Duas pegas de cozinha.

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