Há em mim
Há em mim o desejo das tuas mãos inteiras no meu rosto.
Não apenas das desatentas e férreas pontas dos dedos com que me queimas.
Há em mim o desejo do rasto que as tuas estrelas deixam nos meus olhos.
A rasgar a escuridão e o céu que neles se espelha, dia e noite.
Há em mim o desejo de preencher o vazio no meu colo.
Dos cabelos que as minhas mãos tacteiam sem encontrar, sem vagar.
Há em mim o desejo de chuva que trazes nas algibeiras.
E que beberei da concha entrelaçadas das tuas mãos.
Não apenas das desatentas e férreas pontas dos dedos com que me queimas.
Há em mim o desejo do rasto que as tuas estrelas deixam nos meus olhos.
A rasgar a escuridão e o céu que neles se espelha, dia e noite.
Há em mim o desejo de preencher o vazio no meu colo.
Dos cabelos que as minhas mãos tacteiam sem encontrar, sem vagar.
Há em mim o desejo de chuva que trazes nas algibeiras.
E que beberei da concha entrelaçadas das tuas mãos.
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