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A mostrar mensagens de março, 2013

Yarn leftovers...

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...turned into a nice easter gift.

Primeiras palavras

Pela primeira vez, a minha sobrinha Leonor, com os seus dezanove meses, chamou o meu nome quando me viu entrar em casa dela. Claro que não sabe pronunciar bem mas foi claramente o meu nome. Tão gira! 

Purgatório - Tomás Eloy Martínez

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Lembro-me da alegria que senti quando o vi nas prateleiras da livraria que existe no Centro Cultural de Belém. Era um fim de tarde simpático em Lisboa. Fomos dançar e estar com os amigos. Vimos a Colecção Berardo, antes de irmos aos pastéis de Belém, que eu não comi porque - batam-me lá! - não sou apreciadora.  Não tem sido muito fácil mas lá vou encontrando os livros dele, traduzidos ou não. Confesso que gostava de os ler em castelhano mas não tenho tido a sorte de encontrar nenhum. Guardei-o ali na estante. Até ter tempo e vontade de o ler de uma assentada. Porque os livros de Tomás Eloy Martínez são saboreados com a volúpia desenfreada do fim. E este é fantástico. Como os outros que li. Tão bem escrito, mas tão bem escrito. Como todos. E o que mais me impressiona é a capacidade deste escritor de vestir a pele de uma mulher. É um mapa que se perde nas recordações e na memória de uma mulher, em plena ditadura militar argentina, com uma teia famili

Logo à noite, dança-se em Lisboa!

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Avó

A MINHA AVÓ ERA UMA MULHER DO CAMPO. Passou a mocidade e a vida adulta a trabalhar no campo, na terra. Chamava-se Joaquina Pulguinhas. A minha avó escrevia cartas muito devagarinho. Com letra tremida, escrevia o nome dos netos nos embrulhos dos presentes. Em casa, viúva, reforma de trinta contos, sozinha, começou a ler livros. Não sei quanto tempo demorava a lê-los, mas sei que os lia com o esforço da atenção, palavra a palavra. Gaivotas em Terra , de David Mourão-Ferreira, foi o livro que a minha avó deixou a meio quando morreu. Na verdade, deixou-o a meio alguns meses antes, quando deixou de reconhecer as pessoas, quando começou a dizer frases sem sentido. Assinalado por um marcador, esse livro permaneceu durante meses sem que ninguém lhe mexesse, ao lado da sua cama. Foi aí que o voltámos a encontrar quando entrámos nessa casa, onde ainda estavam todas as suas coisas, mas onde nunca mais estaria a sua presença. Imagino agora as palavras desses contos a entrarem na minha avó

Fim de dia.

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Mesmo a pedir o copo de vinho e a varanda.

Desconsolo

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Foi o que senti quando percebi que faltavam dezasseis páginas do meu livro. Por erro de edição. Ou de impressão. Ou sei lá do quê. As páginas 225 a 240 foram-se. Ainda bem que não foram as últimas. Isso ter-me-ia deixado bem arreliada. Mas, assim, continuei a perceber a história. Não veio grande mal ao mundo. Mas vou ver se arranjo a edição em inglês. Da próxima vez que for a Inglaterra. Só por causa das coisas!

Frésias

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As minhas flores favoritas. Só tenho pena que a época delas seja tão curta. E que sejam tão efémeras. Mas são tão bonitas. E cheiram tão tão tão tão bem...!

Tantos projectos...!

Tenho tantos projectos tão interessantes, alguns dos quais já começados, que nem sei para qual me hei-de virar primeiro. Decisão difícil...para alguém com pouco tempo disponível, como eu. Começar parece ser a palavra-chave. Antes que a inércia e a indecisão levem a melhor sobre mim.

O céu pode, a minha cama é que não...!

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A melhor parte de um dia de cão

Sim, é chegar a casa. Mas mais do que isso: é chegar a casa, ver os sobrinhos aos saltos e a rir porque a tia chegou. E poder deitá-los. Isso e o gesto de tirar a chupeta para me dar um beijinho e um abraço de boa noite foram o que salvou o dia.

Não somos estrelas.

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Mas este senhor é. E vai estar daqui a duas horas em Barcelos. E eu também. Apesar de eu não ser estrela.

E se houve coisa que me soube bem este domingo...

...foi ir a uma mazurka clandestina, ao pôr-do-sol, num dos miradouros mais bonitos da cidade: o Passeio das Virtudes. Foi divertido! Em especial, a versão absolutamente genial e de fazer ver a um Diego Cigala, do pingacho. Obrigada a todos que lá estiveram, muito especialmente aos músicos de serviço.

Não há nada que eu deteste mais...

...do que pessoas que conseguem armar uma discussão feia com pessoas que gostam delas e só lhes querem bem porque estas últimas disseram uma frase sem maldade nenhuma mas que dispara nelas uma reacção agressiva. Como naqueles filmes em que há um assassino adormecido à espera de uma palavra-código que os acorde e os faça disparar. E quanto mais injustificada é a reacção, mais me irrita. À quantidade de anos que lido com estas coisas, já devia estar habituada. Mas não consigo: é mais forte do que eu.

Pode não saber desenhar barcos...

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...mas é quase hipnótico. Gostei muito.