Caridadezinhas

[en]
Helping others is a good thing, no matter what, where or when.
But it really makes me angry when people talk so much about charity and caring about others in suffering, specially on Christmas time, and they don't don't even realise that help should be starting in your own home to your - supposedly - loved ones, some of whom might be in need, or your next door neighbour or your friend at work.
It makes me even more sad that most people don't even acknowledge the need in some of their nearest ones - it's not on the news, neither on Facebook pages, I know.
My grandmother used to say 'Charity starts at your own home' and she was absolutely right.
Sometimes, it is about money. Some other times, it's not. It's about attention, it's about being sad, it's about losing someone they care about.
And it only takes one careful look to know.
Why don't we start there...?
[pt]
Ajudar é sempre uma coisa boa, louvável.
Seja onde for e quem quer que seja a pessoa que precise.
Mas, como dizia a minha avó, 'a caridade começa em casa'.
Causa-me uma alergia e uma irritação que se não curam com anti-histamínicos esta conversa de época lamechas, piegas e hipócrita de posts acerca do Natal, de ajudar os outros e de abrir o coração, quando se é um sacana egocêntrico o resto do ano e quando se pensa que ajudar alguém se resume a assinar petições da Amnistia Internacional porque já se nos amoleceu o coração as imagens das crianças de Aleppo.
Não me levem a mal esta última parte - eu também as assino. E também contribuo para obras de caridade que ajudarão pessoas que não conheço e que me estão distantes fisicamente.
Mas o que me irrita mesmo é o outro lado da medalha: é a incapacidade de essas mesmas pessoas que assinam petições, que fazem estas contribuições e que fazem discursos escritos no Facebook dignos de fazer do Chagas Freitas um escritor sóbrio e sério, de perceberem que, entre aqueles que lhes são mais próximos, pode haver gente a precisar dessa mesma ajuda.
Pode ser na sua família, pode ser o vizinho do lado, pode ser o colega de trabalho.
Pode ser uma questão de dinheiro. Mas também pode não o ser: pode ser tristeza, pode ser solidão, pode ser a doença, pode ser a perda de alguém que lhes é querido.
E, muitas vezes, basta olhar para o lado para perceber.
Em vez de olhar para o teclado e para o ecrã e desatar a postar coisas parvas porque não se nos apetece fazer o que temos em cima da mesa.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Brancal fechou!

Batalha das Limas