Anti-something



Saí do cinema sem saber ao certo se tinha gostado.
Costuma acontecer-me com os filmes que me fazem pensar.


Há cenas ridículas e desnecessárias.
Sem levantar demasiado o véu, pareceu-me desnecessária a exposição dos órgãos genitais dos senhores nos primeiros minutos do filme, em plena acção, e muito ridícula a fala atribuída a uma raposa.


É violento, física e psicologicamente.
Mas, ao contrário de boa parte das críticas, não o encarei como uma perspectiva misógina.

Achei, isso sim, que era uma equação atroz acerca da forma como as mulheres encaram a dor e o sofrimento trazidos pelas coisas más que lhes aparecem no caminho e a visão da sua própria maldade - e, no fundo, da maldade da natureza humana! -, enquanto causa e efeito de alguma retribuição, menos divina e assexuada do que aquilo que comummente se representa, em termos colectivos, como Bem e Mal.

Fez-me pensar.
Acerca de muitas coisas.
Fez-me interpretar.
Trocar ideias acerca de outras tantas coisas.
E essas são coisas óptimas.

Quer se goste ou deteste.

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