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A mostrar mensagens de fevereiro, 2013
Eu...!
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Esta coisa de ter chegado de Kinnersley ainda no domingo - viagem que ainda me faz sentir a pairar...! porque é o que me fazem sentir piqueniques de ursinhos às quatro da manhã... - e ontem ter alinhado na maluquice de sair, ao fim da tarde, do Porto para ir dançar a Lisboa e chegar a casa às cinco da manhã, dá nisto mesmo...! Mas lá que valeu a pena, valeu...! ;)
Bah...
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Ia escrever um monte de banalidades aqui e depois pensei: é melhor escrever no meu blogue. Minha querida amiga , eu adoro arte, como bem sabes: aliás, para mim, há-de haver sempre um museu nas minhas viagens, nem que seja no canto mais recôndito e esquisito do mundo. Se for de arte contemporânea, tanto melhor. Mas tenho uma noção alargada e muito própria - e daí talvez não! - do que é arte. E que está bem longe de se resumir à arte contemporânea. Mas, voltando ao assunto, a arte contemporânea fascina-me. Se calhar, porque já vi muita coisa, porque estou muito habituada e porque, no fundo, acho que é como tudo na vida: escolhemos o que gostamos. E não me lixem: na arte contemporânea, há coisas de artistas muito pseudo-manientos e outras mesmo francamente más. Mas aquilo que gosto e que me convence na arte contemporânea é o instinto, a fera inata que me faz olhar, que, sem qualquer pré-conceito da realidade e da normalidade, me prende os olhos e me arrebata os outr...
...
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Estranho. Subtil e deliciosamente inteligente. De uma delicadeza nas emoções que é rara. Nos aspectos técnicos: muito bem filmado, com planos pouco óbvios, muito cuidadoso nos pormenores. Os décors e o guarda-roupa são brilhantes, a iluminação também me pareceu. Os actores são absolutamente perfeitos. Apesar de não serem muito do meu agrado. Aliás, deve ter sido isso que me afastou de ter visto este filme quando saiu, em 2005. Fiquei curiosa acerca do realizador e, muito em especial, acerca da história escrita pelo Steve Martin. Deve valer a pena ler. E guardei algumas imagens, como esta, que aqui deixo. E que acho mesmo bonitas.
Não, ainda não foi este ano...
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...que desfiz a árvore de Natal antes do Carnaval. Já é costume a minha família gozar comigo e perguntar se já desfiz a dita: 'é que já estamos a chegar ao Carnaval...!' é a frase mais repetida. Também já sugeriram que eu a envolvesse em papel celofane e a guardasse assim, já decorada, nos arrumos, onde há espaço para isso. Mas juro que não é por desleixo nem por preguiça. Quer dizer...também é! Isso e a falta de tempo. Mas a verdade sob tudo isto é que me custa desfazê-la: gosto tanto do Natal! E do aconchego que ela me traz, lá do cantinho da sala onde está. Que me custa, pronto. Mas lá vai ter de ser. É que, se não me obrigar a isso, por este andar, nem na Páscoa...!
Duas!
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Segunda agulha de crochet rachada a metade em menos de nada. Diabo! Bem sei que devem ser de má qualidade mas vinham numa caixinha toda catita, com um livro, que comprei em Paris, na minha segunda livraria preferida da cidade, numa ruazinha perto do Centro Georges Pompidou. Vou ter de comprar mais. Mas não me parece que vá a Paris para isso. Se bem que não era má ideia de todo. Só naquela...
Quase estranho
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Pela primeira vez no ano novo e há uns quantos meses do ano velho, não trouxe trabalho para casa no fim de semana. Consegui orientar todo o trabalho durante a semana passada. Não é que não continue a haver muito trabalho, porque há, mas lá consegui. Fiquei contente. Desejo - e tenho alguma esperança, confesso! - que não seja a excepção que confirme a regra. Mas foi estranho. Sair do trabalho de mãos a abanar e com o dia de segunda-feira organizado na minha cabeça. Estranho, definitivamente. E que se entranhe, depois, é o que quero.
Não sei porquê mas acordei, logo de manhã, a cantar isto.
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Os azelhas e a faixa da esquerda
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Só gostava de saber o motivo da predilecção dos azelhas ao volante pela faixa da esquerda. Especialmente quando, em plena A42, a criaturinha circulava a uma velocidade média de 70 ou 80 kms/hora e a faixa mais à direita se encontra livre e desimpedida. E muito em especial porque diabo é que esses morre-ao-sol se inclinam perigosamente para cima do meu carro e do camião que vinha atrás de mim quando temos de usar a faixa da direita para os ultrapassar, depois dos sinais de luzes e das buzinadelas. É isso: gostava de saber! Mas apenas por mera curiosidade científica porque a verdade é que isto me irrita solenemente.
É melhor ser criado por uma mãe ex-prostituta do que por uma avó rato-de-sacristia
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É a conclusão do dia de hoje. Há coisas que me indignam e que fazem as minhas segundas-feiras serem mais 'segunda-feira' ainda do que o habitual. Gosto de pensar que sou liberal. E que não sou, por regra, preconceituosa. Mas devo confessar que, quando a religião passa a funcionar como uma limitação daquilo que, em termos - se calhar, demasiado utópicos! - é bom e justo, fico verdadeiramente zangada. Menino de nove anos. Até aos oito, acreditou que os avós maternos eram os pais biológicos. Na data em que o menino nasceu, os pais eram toxicodependentes. Sobreviviam e sustentavam o vício à custa do dinheiro que a mãe angariava a prostituir-se. Conscientes da falta de condições que tinham, entregaram o menino, ainda bébé, aos avós maternos. Ao fim de meia dúzia de anos de uma vida desgraçada, conseguiram deixar para trás o pesadelo que viveram. Procuraram ajuda médica e estão em franca recuperação. Arranjaram uma casa e estão a trabalhar. A levar uma vida digna e hones...
Vamos ser velhos ao sol
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Vamos ser velhos ao sol nos degraus da casa; abrir a porta empenada de tantos invernos e ver o frio soçobrar no carvão das ruas; espreitar a horta que o vizinho anda a tricotar e o vento lhe desmancha de pirraça; deixar a chaleira negra em redor do fogão para um chá que nunca sabemos quando será - porque a vida dos velhos é curta, mas imensa; dizer as mesmas coisas muitas vezes - por sermos velhos e por serem verdade. Eu não quero ser velha sozinha, mesmo ao sol, nem quero que sejas velho com mais ninguém. Vamos ser velhos juntos nos degraus da casa - se a chaleira apitar, sossega, vou lá eu; não atravesses a rua por uma sombra amiga, trago-te o chá e um chapéu quando voltar. Maria do Rosário Pedreira