Bah...

Ia escrever um monte de banalidades aqui e depois pensei: é melhor escrever no meu blogue.

Minha querida amiga, eu adoro arte, como bem sabes: aliás, para mim, há-de haver sempre um museu nas minhas viagens, nem que seja no canto mais recôndito e esquisito do mundo. Se for de arte contemporânea, tanto melhor.

Mas tenho uma noção alargada e muito própria - e daí talvez não! - do que é arte. E que está bem longe de se resumir à arte contemporânea.

Mas, voltando ao assunto, a arte contemporânea fascina-me.
Se calhar, porque já vi muita coisa, porque estou muito habituada e porque, no fundo, acho que é como tudo na vida: escolhemos o que gostamos. 

E não me lixem: na arte contemporânea, há coisas de artistas muito pseudo-manientos e outras mesmo francamente más.

Mas aquilo que gosto e que me convence na arte contemporânea é o instinto, a fera inata que me faz olhar, que, sem qualquer pré-conceito da realidade e da normalidade, me prende os olhos e me arrebata os outros sentidos.

É que, se em séculos anteriores - desde a Idade Média até ao início da arte contemporânea -, e estão aí as colecções de museus inteiros para o demonstrar!, a arte se vinha catalogando e compartimentando em tipos de obras quase pré-definidas - quadros, esculturas, monumentos e pouco mais -, o mundo da arte contemporânea abriu a porta a um manancial de objectos e artefactos quotidianos que podem ser considerados como arte.

E só esse aspecto, só a capacidade de despertar os sentidos para um objecto aparentemente corriqueiro que pode ser utilizado de uma forma que nos faça pensar nele como arte, que nos transmita uma mensagem maior do que a sua própria funcionalidade quotidiana e nos abra uma janela para outro mundo, me deslumbra verdadeiramente.   

E é por isso mesmo que me convence - a que me convence, claro, e que efectivamente não é toda!
Exemplo já a seguir.

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