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A mostrar mensagens de abril, 2014

Earphones, please...e teletransporte intergaláctico!

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Destes é que eu precisava...a ver se consigo trabalhar em paz! Um dos problemas de se trabalhar num sítio com muitas mulheres (e, sim, infelizmente, tenho de falar contra o meu próprio género...!) é que, de vez em quando, há umas alminhas que se saem com cada timbre de voz que dão ouras ao mais comum mortal duro de ouvido! Para mal dos meus pecados - e que hão-de ser muitos, a julgar pelo castigo! -, ainda por cima têm quase sempre o botão do volume avariado, problema que, na minha opinião, já deve vir de fábrica...e se eu ainda aguento a converseta sobre malas de senhora, verniz de unhas e afins, já o tema 'implantes mamários' me causa arrepios, alguns dos quais de irritação. A acrescer a isto tudo, os técnicos de ar condicionado andam por aí a fazer testes, como se não fosse suposto terem entregue a obra há semanas, e está um frio invernal no gabinete porque só fazem os testes com o sistema ligado...! Nem consigo pensar com o frio que aqui est...

Flor do almoço

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Ontem.

Haja paciência...!

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(imagem retirada da net) Ter um gabinete novo é óptimo...! Mas tentar estar concentrada e sentada a trabalhar quando, de dez em dez minutos, me tenho de levantar da cadeira para carregar no interruptor de parede que liga a luz é surreal. Tudo porque, juntamente com o prédio novo, herdámos um sensor de movimento em cada gabinete que desliga constantemente a luz a quem se encontra a trabalhar: o sensor está mal posicionado e ainda não se arranjou quem cá venha desligar o estupor da célula. Ainda por cima, é um atentado ambiental: as lâmpadas são economizadoras e o arranque - que é constante - é o que causa maior dispêndio de energia! Já ameacei pegar numa vassoura e desligar eu a dita célula. Porque o meu sensor de irritação começa a olhar ameaçadoramente para a célula. E já não falta muito...não, que não! 

Grow...ou de como as sementeiras do IKEA são estupidamente fáceis!

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(Anna Garforth, retirada do mural da Facebook da design-dautore.com) Há já uns tempos que comprei, no Ikea, uns copinhos de cartão, em número de três, onde se apregoava virem a nascer várias ervas aromáticas, a saber: manjericão, salsa e tomilho. Por falta de tempo, foram ficando lá por casa...até que, no sábado, me decidi a semear as ditas ervas.

Still thinking of winter

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Vasco Graça Moura

Venci um preconceito que não sei de onde vinha, talvez da imagem política que me passava, na noite em que o vi e ouvi pela primeira vez nas Quintas de Leitura. No momento em que leu 'canção da foz do douro', Vasco Graça Moura venceu todo e qualquer preconceito, barreira ou ideia feita que em mim houvesse. Não havia terminado de recitar a primeira estrofe e já eu tinha lágrimas de emoção nos olhos. Os sons, os cheiros, as pedras de que falava neste poema encheram de sentido toda a minha adolescência, toda a minha vida. A fotografia que tinha atrás de si enquanto recitou era do chão da Cantareira, daquelas pedras que tantos passos meus viram, tantos anos. Entendi-lhe no olhar que essas mesmas pedras lhe ouviram muitas confissões e traquinices. Saí das Quintas e comprei vários livros dele que li sofregamente. Trouxe-me imensas coisas vencer o preconceito. Recordarei sempre essa noite. Nem que seja apenas por esse momento ou tão-só por este poema, esta c...

canção da foz do douro

foz do douro: vem cá, melancolia, a lembrar prosas de raul brandão, de gente, areia e barcos, na sombria humidade do dia e humildade no chão: palmeiras desgrenhadas, ventania, e o castelo de d. sebastião onde as gaivotas têm cidadania. na cantareira haviafome e havia ... um cheiro de sardinha, um cheiro a pão, e uma mulher de luto repetia na voz que lhe fugia o naufrágio do irmão, do filho ou do marido, a freguesia tem por antigo orago s. joão e era perto da igreja que eu vivia, longe dos pescadores e todavia tão perto deles todos, sendo tão miúdo de colégio e burguesia que até opa vestia na páscoa da paixão. hoje há folhas no vento, a homilia é de outono e distância e solidão e em névoa a foz parece que avaria. olhar o cabedelo! quem sabia que muita criadita havia então que na língua de areia se despia e na espuma emergia, ninfa de ocasião? ou pedalar na infância até onde ia uma imprudência usada sem travão e que o mercúrio-cromo traduzia! nas calçadas modestas sempre ouvia quem por...