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A mostrar mensagens de 2012

Sinatra e o estrado do liceu

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Esta manhã, ia no carro, a caminho do trabalho, quando ouvi um artigo dedicado a Frank Sinatra. Nasceu, pelos vistos, a 12 de Dezembro de 1915. E, de repente, veio-me à memória aquela tarde do 10.º ano do liceu em que o meu melhor amigo subiu ao estrado, no meio de uma aula de história, e cantou esta canção. Cem anos que eu viva...e não importa quantos anos se celebrem sobre o nascimento ou a morte do Frank, Sinatra será sempre sempre sempre um estrado de liceu numa tarde soalheira da adolescência...!

E de não poupar ohs...

...é a minha resolução de me inscrever hoje no ginásio. Lá vou eu, mais logo, inscrever-me e fazer a minha primeira aula: de tai chi, que é para não desencorajar logo de início!

Spare-Ohs - Andrew Bird

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Sparing-Ohs. Today. :)

Wiborg

É sempre difícil perder alguém que temos no coração. Hoje foi difícil ter essa notícia ao acordar. Raios partam, foi ainda mais difícil começar a usar a forma verbal do passado para falar de ti. Para uns quantos milhares que vêem o Telejornal, acabaste por ser uma nota na parangona da necessidade de repetição de um mega-julgamento em que participavas. Sei que foste muitas coisas. Para muita gente. Como só tu sabias ser. Para mim, minha amiga, foste uma das três pessoas que me impediu de enlouquecer na comarca de primeiro acesso - e que difícil que ela era! Nesses longos meses em que vivemos em lugarejos separados apenas por uma dezena e meia de kms, foste a voz do outro lado do telefone fixo quando havia detidos ou quando nos queríamos rir de coisas perfeitamente disparatadas ou até queixar do calor infernal que fazia, lá no meio do monte, ou dos camiões carregados de troncos de madeira que entupiam a estrada de uma faixa só. Foste aquela curva manhosa à saída do IC8 para e

Aujourd'hui on danse

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Como seria de dizer num certo programa de tv...

...querido, mudei a casa! No caso, o gabinete lá no trabalho. Mudei a disposição dos móveis. Está mais espaçoso e funcional. Nem sempre gosto das mudanças que faço nestas coisas. Mas, desta vez, gostei. Sinto-me bem a trabalhar neste ambiente agradável e sossegado. Não obstante ter sido, como previsto, uma manic monday. Que até acabou a correr bastante bem. Prenúncio da semana que agora começa...?! É bom que sim! Eu gostava que sim.

Hoje...

...é o primeiro dia de 'pica-o-boi' do ano lectivo que agora começa! Que não seja uma manic monday é tudo o que peço. Mas é capaz de ser pedir demais...

Dança falada e sushi

Depois da primeira reunião de dançaólicos no coreto, foi bom ir comer sushi com dois - e mais alguns! - dos primeiros amigos que comigo partilharam a dança. Foi uma óptima maneira de acabar as férias de verão!

Janelas abertas

Uma coisa que raramente costumo fazer: abrir as janelas todas cá de casa. Em primeiro lugar, porque é difícil estar aqui em casa a não ser à noite. E, à noite, começa a batalha entre os mosquitos e as luzes acesas. Depois, não sei porquê mas deve ser a minha natureza. Ou é porque os vizinhos de baixo não cortaram a roseira e o mais provável é que a gata, cusca e sedenta de aventura, trepe pela mesma e se entricheire na minha casa. Ou é porque tenho receio que entre bicharada - da roseira malvada, uma vez mais! - cá em casa e, depois, vejo-me lixada para a desalojar. O que eu também detesto! Ou é porque a malta do cabeleireiro novo aqui em frente não sabe cortar a trunfa aos clientes de matraca fechada - ou, pelo menos, em níveis aceitáveis de volume! - e sempre com uma musiquinha que dá neura, se não se estiver para aí virado. Mas, hoje, deixei-me de coisas e abri as janelas todas. E que bem sabe a brisa! P.S.*: mais uma vez, psicologicamente, deve querer dizer qualquer

Foi divertido, confesso...

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...ver a multidão não reconhecer de imediato o hit pimba  protagonizado pela Romana, na versão Luísa Sobral. Mas mais divertido ainda foi ver toda aquela gente a cantar o refrão a medo, como se se recusasse admitir conhecer a letra, toda ela uma pérola e um tratado fundamental de verdade absolutamente indesmentível da relação homem-mulher, de cor e salteado. Muito bom!

Eu e as aromáticas

Bem sei que não é a melhor altura para isso. Mas hoje ganhei coragem. Meti as mãos na terra e mudei as ervas aromáticas das vasilhas de plástico em que foram compradas para vasos a sério. Que escolhi com muito carinho e cuidado. Cheira-me que, em termos emocionais, deve querer dizer qualquer coisa.

A moça que 'tá sempre a chamar pelo Xico

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Como diz uma amiga minha. Canta esta noite em Espinho, às 22 horas. Na Alameda 8.

A festa do silêncio

Escuto na palavra a festa do silêncio. Tudo está no seu sítio. As aparências apagaram-se. As coisas vacilam tão próximas de si mesmas. Concentram-se, dilatam-se as ondas silenciosas. É o vazio ou o cimo? É um pomar de espuma. Uma criança brinca nas dunas, o tempo acaricia, o ar prolonga. A brancura é o caminho. Surpresa e não surpresa: a simples respiração. Relações, variações, nada mais. Nada se cria. Vamos e vimos. Algo inunda, incendeia, recomeça. Nada é inacessível no silêncio ou no poema. É aqui a abóbada transparente, o vento principia. No centro do dia há uma fonte de água clara. Se digo árvore a árvore em mim respira. Vivo na delícia nua da inocência aberta. António Ramos Rosa in "Volante Verde"

It's all about

the way you understand silence. And I feel like it.

4'33'' - John Cage

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Silêncio e distância

O silêncio e a distância são caminhos. Que se entrelaçam como as mãos. E são tudo o que quero. Na desilusão que entardece. E mais, muito mais, ainda muito mais, no anoitecer que se ergue de esperança ao peito.

Think again - Teddy Thompson

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Sopa fria de tomate com iogurte

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- 1 kg de tomate - 1 iogurte natural - 1 colher (de chá) de caril em pó - folhas de manjericão Com uma varinha mágica, bater o tomate até obter um puré. Coar para uma tigela. Adicionar o iogurte, o caril e o manjericão. Temperar com sal e pimenta. Tapar e guardar no frigorífico. Servir bem fria.

...

Quando o egoísmo já não nos surpreende, há dias tristes pela frente.

Primavera Sound

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Começa daqui a menos de uma hora.

Travis - Love will come through

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Esta noite, faço a minha única investida na Queima das Fitas do Porto. Por causa destes senhores. Espero que valha a pena o sacrifício de ir assistir, ainda que brevemente, ao triste espectáculo que aquilo a que chamam Queima das Fitas é...!

Um apanhado das coisas

O que fiz neste último mês e meio. Preparo-me para o registo a posteriori . Mas aqui vai ele. É boa a sensação de ter coisas para contar.

O exército mais mortífero do mundo

São as hormonas femininas. Nos dias em que elas vão à frente das tropas, não há trompete que abafe o som de uma palavra menos amorosa, ainda que fardada de brincadeira. Só as meigas resistem a esta batalha. E, por vezes, ainda feridas. Saltar trincheiras a riso: é o truque. Aprender, resistir e defender.

Jazzy

Há muito tempo que não ouvia rádio no carro. Sempre com os CD's à volta. Hoje esqueci-me deles. E lá tive de procurar uma estação de rádio. Estou farta, como já estava há muito tempo, de ouvir as desgraças do mundo. Deste nosso pequeno canto. E de outros maiores. De rádios bacocas que passam músicas dos 'azeities', como um amigo meu chama com alguma graça aos 'eighties'. De outras ainda piores que passam músicas novas, sem pilériazinha nenhuma, como dizia tão bem a minha avó. E de outras ainda que nem esse nome deviam ter, nem as rádios nem as músicas. E não é que, de repente, ao rodar o botãozinho, já no quase estado de 'vou desligar isto e cantarolar uma série de modinhas que vá do Minho ao Alentejo!', dei com o Chet Baker a cantar...? Soube tão bem! Descobri que há uma estação de rádio que passa quase só música  jazzy. O que é perfeito. Especialmente para fins de tarde como o de hoje.

Driving home

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E da justaposição de palavras nasce esta canção...

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Água, noite, silêncio e fogo

Tu lhes dirás, meu amor, que nós não existimos. Que nascemos da noite, das árvores, das nuvens. Que viemos, amámos, pecámos e partimos Como a água das chuvas. Tu lhes dirás, meu amor, que ambos nos sorrimos Do que dizem e pensam E que a nossa aventura, É no vento que passa que a ouvimos, É no nosso silêncio que perdura. Tu lhes dirás, meu amor, que nós não falaremos E que enterrámos vivo o fogo que nos queima. Tu lhes dirás, meu amor, se for preciso, Que nos espreguiçaremos na fogueira. 'Na mesa do Santo Ofício' Ary dos Santos 
Hoje uma amiga disse-me, com base num filme que estava a ver, We are the choices we make . Se é assim, não auguro nada de bom em dias como hoje. A negrura que me avassala nestes dias, em que o precípio galga os meus pés e sobe como maré pelo meu corpo acima até se desfazer num maremoto de pedregulhos sobre o meu peito, é escura como pez e, espessa, prende pedras e lavra teias nos meus pensamentos que me arrastam e me encerram no fundo do mar. E é, então, que sinto esperança. Eu, que nunca abro os olhos debaixo de água, de boca fechada, sustenho o ar o mais que posso, tusso, engasgo-me, estendo as mãos e não sinto nada. Mas ouço a música das gargalhadas, escritas nas redes que lancei a este mesmo mar em dias de sol. E, no refrão, há um verso que diz We are the choices we make. Que ecoa nesta minha negrura. E que me faz perceber que amanhã será um novo dia. Com as vozes por perto, sempre no ouvido.

Homesick - The Kings of Convenience

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dentro e fora dos lugares éramos como bichos de rabiar, tão poderosos que tudo em volta volvia outra coisa e ele dizia-me, se tu fores um poema de amor eu apaixono-me por ti, e eu desaparecia boca fora para dentro dele valter hugo mãe

Let go - Frou Frou

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Bagagem de mão

i carry your heart with me(i carry it in my heart)i am never without it(anywhere i go you go,my dear;and whatever is done by only me is your doing,my darling)                                     i fear no fate(for you are my fate,my sweet)i want no world(for beautiful you are my world,my true) and it's you are whatever a moon has always meant and whatever a sun will always sing is you here is the deepest secret nobody knows (here is the root of the root and the bud of the bud and the sky of the sky of a tree called life;which grows higher than soul can hope or mind can hide) and this is the wonder that's keeping the stars apart i carry your heart(i carry it in my heart)  'i carry your heart' e.e. cummings
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Há em mim

Há em mim o desejo das tuas mãos inteiras no meu rosto. Não apenas das desatentas e férreas pontas dos dedos com que me queimas. Há em mim o desejo do rasto que as tuas estrelas deixam nos meus olhos. A rasgar a escuridão e o céu que neles se espelha, dia e noite. Há em mim o desejo de preencher o vazio no meu colo. Dos cabelos que as minhas mãos tacteiam sem encontrar, sem vagar. Há em mim o desejo de chuva que trazes nas algibeiras. E que beberei da concha entrelaçadas das tuas mãos.

The fear you won't fall - Joshua Radin

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Com o diabo no corpo

Foi a expressão que perpassou todo o meu dia. Como me senti todo o dia. E, já agora, boa parte da noite. Por todo o corpo. E não apenas na manga, como diz a música. Ah, e eu sei que o diabo não é azul...

Definitely blue

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Blue

É melancolia? É tristeza? Em que dicionário da língua inglesa? Blue is my color. É o que me apetece sibilar quando passam essa significância. Em livro. Em filme. Porque é. Que me importam os linguistas? Que me importam os fotógrafos, os teóricos? O azul do céu é um efeito da refracção da luz? Até pode ser. So what? Não sei. Não me interessa. O que sei é que é de pó azul tingida a água que me sulca o rosto nas alegrias. Nas melancolias. Que é de etéreo azul a chama que roubo ao céu nas manhãs plenas de inverno para encher de frio os pulmões. Que me corre nas veias aos soluços. E aos tropeções. E que só de azul posso ser eu. Pois se é dessa cor que os meus olhos te enchem quando se abrem para ti.

Em tons de azul

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Customizing

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...ou, como quem não quer a coisa: dotes de electricista! Na noite de ontem.

E, para sobremesa à prova de melancolia, sugiro...

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O melhor anti-melancólico: cozinhar...!

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Ainda que seja apenas pasta com atum. Perfumada com muito louro, vinho branco, tomilho-limão e manjericão frescos.

Os acordes da minha noite de Ano Novo

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Lembrar-me-ei sempre disto. Destes sons. Destes dois de sorriso em arco, em palco. E do que eu dancei ao som desta música - e de outras músicas - deles...! Quando puxar pelos fios da memória para me lembrar da primeira noite de 2012.

Porque, como disse Vinicius de Moraes:

A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

Um presente especial

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Com o respectivo tinteiro. Um presente de quem me conhece, de quem me viu nascer, de quem me viu crescer. De quem, nas exíguas águas-furtadas de uma ilha, rodeada de um verde-folha de parede prestes a cair no Outono, me apresentou Vinicius de Moraes. E me ensinou que nunca na vida hei-de estar só.

Resolução 1/2012

Deitar mais cedo. E, em consequência, levantar mais cedo. Tenho uma fotografia que cá quero postar. E uma crítica cinéfila. Mas ficam para amanhã. Hoje vou cumprir a minha resolução de ano novo. Até amanhã!

O choro

Hoje foi o primeiro dia da minha sobrinha Leonor, de quatro meses e alguns dias, na creche. Foi para o mesmo infantário que o Afonso, o irmão, agora com dezanove meses. Ficou na sala ao lado da dele, com vários outros bébés. E o Afonso, que se farta de brincar e que não liga ao choro das outras crianças, esta manhã - ou tarde, não sei bem! - ouviu a Leonor a chorar, reconheceu o choro e pendurou-se na cancela da sala dele, a chorar e a chamar pela 'néné', como ele a apelida. Só parou de chorar quando pegaram na Leonor ao colo e ela se calou. E só sossegou quando lhe abriram a cancela e o deixaram ir fazer um mimo na 'néné'.

Feliz Ano Novo!

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