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A mostrar mensagens de 2013

New bag for me on the way

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Dias ausentes

São dias embrutecidos estes. Trabalho. Trabalho. Trabalho. E quando chego à noite a casa, abuso: e trabalho. Sinto-me cansada, afogada, a arrastar-me. Sem tempo. Sem disposição. Para tricotar. Costurar. Tocar flauta. Dançar. Fotografar. Até para ler. E mesmo para dormir. Sinto falta de mim.

James Blake - Retrograde

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Vivian Maier, a mulher que falava por imagens

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As imagens são absolutamente impressionantes. Os jogos de luz e de sombra fantásticos. Não há uma de que não goste. A história belíssima de uma mulher singular, contada em imagens. Vejam aqui .

O concerto desta noite

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E, agora, pés ao caminho: para dançar dançar dançar...! Bom fim de semana a todos!

Três

Três ruivas de olhos claros. Três pequenas maravilhas: a massagem, a acupunctura e o jantar vegetariano. Estou como nova. Foi como se o mundo saísse das minhas costas. Que fim de tarde e princípio de noite...! E que belo aperitivo para uma noite bem dormida.

Ontem foi uma longa noite de dança...!

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Obrigada, Suzete, pelo cartaz...! :)

Yarn leftovers...

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...turned into a nice easter gift.

Primeiras palavras

Pela primeira vez, a minha sobrinha Leonor, com os seus dezanove meses, chamou o meu nome quando me viu entrar em casa dela. Claro que não sabe pronunciar bem mas foi claramente o meu nome. Tão gira! 

Purgatório - Tomás Eloy Martínez

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Lembro-me da alegria que senti quando o vi nas prateleiras da livraria que existe no Centro Cultural de Belém. Era um fim de tarde simpático em Lisboa. Fomos dançar e estar com os amigos. Vimos a Colecção Berardo, antes de irmos aos pastéis de Belém, que eu não comi porque - batam-me lá! - não sou apreciadora.  Não tem sido muito fácil mas lá vou encontrando os livros dele, traduzidos ou não. Confesso que gostava de os ler em castelhano mas não tenho tido a sorte de encontrar nenhum. Guardei-o ali na estante. Até ter tempo e vontade de o ler de uma assentada. Porque os livros de Tomás Eloy Martínez são saboreados com a volúpia desenfreada do fim. E este é fantástico. Como os outros que li. Tão bem escrito, mas tão bem escrito. Como todos. E o que mais me impressiona é a capacidade deste escritor de vestir a pele de uma mulher. É um mapa que se perde nas recordações e na memória de uma mulher, em plena ditadura militar argentina, com uma teia fa...

Logo à noite, dança-se em Lisboa!

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Avó

A MINHA AVÓ ERA UMA MULHER DO CAMPO. Passou a mocidade e a vida adulta a trabalhar no campo, na terra. Chamava-se Joaquina Pulguinhas. A minha avó escrevia cartas muito devagarinho. Com letra tremida, escrevia o nome dos netos nos embrulhos dos presentes. Em casa, viúva, reforma de trinta contos, sozinha, começou a ler livros. Não sei quanto tempo demorava a lê-los, mas sei que os lia com o esforço da atenção, palavra a palavra. Gaivotas em Terra , de David Mourão-Ferreira, foi o livro que a minha avó deixou a meio quando morreu. Na verdade, deixou-o a meio alguns meses antes, quando deixou de reconhecer as pessoas, quando começou a dizer frases sem sentido. Assinalado por um marcador, esse livro permaneceu durante meses sem que ninguém lhe mexesse, ao lado da sua cama. Foi aí que o voltámos a encontrar quando entrámos nessa casa, onde ainda estavam todas as suas coisas, mas onde nunca mais estaria a sua presença. Imagino agora as palavras desses contos a entrarem na minha avó...

Fim de dia.

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Mesmo a pedir o copo de vinho e a varanda.

Desconsolo

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Foi o que senti quando percebi que faltavam dezasseis páginas do meu livro. Por erro de edição. Ou de impressão. Ou sei lá do quê. As páginas 225 a 240 foram-se. Ainda bem que não foram as últimas. Isso ter-me-ia deixado bem arreliada. Mas, assim, continuei a perceber a história. Não veio grande mal ao mundo. Mas vou ver se arranjo a edição em inglês. Da próxima vez que for a Inglaterra. Só por causa das coisas!

Frésias

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As minhas flores favoritas. Só tenho pena que a época delas seja tão curta. E que sejam tão efémeras. Mas são tão bonitas. E cheiram tão tão tão tão bem...!

Tantos projectos...!

Tenho tantos projectos tão interessantes, alguns dos quais já começados, que nem sei para qual me hei-de virar primeiro. Decisão difícil...para alguém com pouco tempo disponível, como eu. Começar parece ser a palavra-chave. Antes que a inércia e a indecisão levem a melhor sobre mim.

O céu pode, a minha cama é que não...!

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A melhor parte de um dia de cão

Sim, é chegar a casa. Mas mais do que isso: é chegar a casa, ver os sobrinhos aos saltos e a rir porque a tia chegou. E poder deitá-los. Isso e o gesto de tirar a chupeta para me dar um beijinho e um abraço de boa noite foram o que salvou o dia.

Não somos estrelas.

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Mas este senhor é. E vai estar daqui a duas horas em Barcelos. E eu também. Apesar de eu não ser estrela.

E se houve coisa que me soube bem este domingo...

...foi ir a uma mazurka clandestina, ao pôr-do-sol, num dos miradouros mais bonitos da cidade: o Passeio das Virtudes. Foi divertido! Em especial, a versão absolutamente genial e de fazer ver a um Diego Cigala, do pingacho. Obrigada a todos que lá estiveram, muito especialmente aos músicos de serviço.

Não há nada que eu deteste mais...

...do que pessoas que conseguem armar uma discussão feia com pessoas que gostam delas e só lhes querem bem porque estas últimas disseram uma frase sem maldade nenhuma mas que dispara nelas uma reacção agressiva. Como naqueles filmes em que há um assassino adormecido à espera de uma palavra-código que os acorde e os faça disparar. E quanto mais injustificada é a reacção, mais me irrita. À quantidade de anos que lido com estas coisas, já devia estar habituada. Mas não consigo: é mais forte do que eu.

Pode não saber desenhar barcos...

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...mas é quase hipnótico. Gostei muito.

E, daqui a pouco, a ver se não adormeço nisto...!

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Eu...!

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Esta coisa de ter chegado de Kinnersley ainda no domingo - viagem que ainda me faz sentir a pairar...! porque é o que me fazem sentir piqueniques de ursinhos às quatro da manhã... - e ontem ter alinhado na maluquice de sair, ao fim da tarde, do Porto para ir dançar a Lisboa e chegar a casa às cinco da manhã, dá nisto mesmo...! Mas lá que valeu a pena, valeu...! ;)

Bah...

Ia escrever um monte de banalidades aqui e depois pensei: é melhor escrever no meu blogue. Minha querida amiga , eu adoro arte, como bem sabes: aliás, para mim, há-de haver sempre um museu nas minhas viagens, nem que seja no canto mais recôndito e esquisito do mundo. Se for de arte contemporânea, tanto melhor. Mas tenho uma noção alargada e muito própria - e daí talvez não! - do que é arte. E que está bem longe de se resumir à arte contemporânea. Mas, voltando ao assunto, a arte contemporânea fascina-me. Se calhar, porque já vi muita coisa, porque estou muito habituada e porque, no fundo, acho que é como tudo na vida: escolhemos o que gostamos.  E não me lixem: na arte contemporânea, há coisas de artistas muito pseudo-manientos e outras mesmo francamente más. Mas aquilo que gosto e que me convence na arte contemporânea é o instinto, a fera inata que me faz olhar, que, sem qualquer pré-conceito da realidade e da normalidade, me prende os olhos e me arrebata os outr...

...

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Estranho. Subtil e deliciosamente inteligente. De uma delicadeza nas emoções que é rara. Nos aspectos técnicos: muito bem filmado, com planos pouco óbvios, muito cuidadoso nos pormenores. Os décors e o guarda-roupa são brilhantes, a iluminação também me pareceu. Os actores são absolutamente perfeitos.  Apesar de não serem muito do meu agrado. Aliás, deve ter sido isso que me afastou de ter visto este filme quando saiu, em 2005. Fiquei curiosa acerca do realizador e, muito em especial, acerca da história escrita pelo Steve Martin. Deve valer a pena ler. E guardei algumas imagens, como esta, que aqui deixo. E que acho mesmo bonitas.

Sun Kil Moon - Carry me, Ohio

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Faz parte da banda sonora de 'Shopgirl'.

Não, ainda não foi este ano...

...que desfiz a árvore de Natal antes do Carnaval. Já é costume a minha família gozar comigo e perguntar se já desfiz a dita: 'é que já estamos a chegar ao Carnaval...!' é a frase mais repetida. Também já sugeriram que eu a envolvesse em papel celofane e a guardasse assim, já decorada, nos arrumos, onde há espaço para isso. Mas juro que não é por desleixo nem por preguiça. Quer dizer...também é! Isso e a falta de tempo. Mas a verdade sob tudo isto é que me custa desfazê-la: gosto tanto do Natal! E do aconchego que ela me traz, lá do cantinho da sala onde está. Que me custa, pronto. Mas lá vai ter de ser. É que, se não me obrigar a isso, por este andar, nem na Páscoa...!

Primula

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É nova. No parapeito da janela da cozinha.

Duas!

Segunda agulha de crochet rachada a metade em menos de nada. Diabo! Bem sei que devem ser de má qualidade mas vinham numa caixinha toda catita, com um livro, que comprei em Paris, na minha segunda livraria preferida da cidade, numa ruazinha perto do Centro Georges Pompidou. Vou ter de comprar mais. Mas não me parece que vá a Paris para isso. Se bem que não era má ideia de todo. Só naquela...

Coisa nunca antes vista!

Consegui partir uma agulha de crochet em plástico. Sem esforço nem força absolutamente nenhuma. Enfim...ele há coisas!

Quase estranho

Pela primeira vez no ano novo e há uns quantos meses do ano velho, não trouxe trabalho para casa no fim de semana. Consegui orientar todo o trabalho durante a semana passada. Não é que não continue a haver muito trabalho, porque há, mas lá consegui. Fiquei contente. Desejo - e tenho alguma esperança, confesso! - que não seja a excepção que confirme a regra. Mas foi estranho. Sair do trabalho de mãos a abanar e com o dia de segunda-feira organizado na minha cabeça. Estranho, definitivamente.  E que se entranhe, depois, é o que quero.

Não sei porquê mas acordei, logo de manhã, a cantar isto.

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Os azelhas e a faixa da esquerda

Só gostava de saber o motivo da predilecção dos azelhas ao volante pela faixa da esquerda. Especialmente quando, em plena A42, a criaturinha circulava a uma velocidade média de 70 ou 80 kms/hora e a faixa mais à direita se encontra livre e desimpedida. E muito em especial porque diabo é que esses morre-ao-sol se inclinam perigosamente para cima do meu carro e do camião que vinha atrás de mim quando temos de usar a faixa da direita para os ultrapassar, depois dos sinais de luzes e das buzinadelas. É isso: gostava de saber! Mas apenas por mera curiosidade científica porque a verdade é que isto me irrita solenemente.

Esta noite fria pede um cobertor quentinho.

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É melhor ser criado por uma mãe ex-prostituta do que por uma avó rato-de-sacristia

É a conclusão do dia de hoje. Há coisas que me indignam e que fazem as minhas segundas-feiras serem mais 'segunda-feira' ainda do que o habitual. Gosto de pensar que sou liberal. E que não sou, por regra, preconceituosa. Mas devo confessar que, quando a religião passa a funcionar como uma limitação daquilo que, em termos - se calhar, demasiado utópicos! - é bom e justo, fico verdadeiramente zangada. Menino de nove anos. Até aos oito, acreditou que os avós maternos eram os pais biológicos. Na data em que o menino nasceu, os pais eram toxicodependentes. Sobreviviam e sustentavam o vício à custa do dinheiro que a mãe angariava a prostituir-se. Conscientes da falta de condições que tinham, entregaram o menino, ainda bébé, aos avós maternos. Ao fim de meia dúzia de anos de uma vida desgraçada, conseguiram deixar para trás o pesadelo que viveram. Procuraram ajuda médica e estão em franca recuperação. Arranjaram uma casa e estão a trabalhar. A levar uma vida digna e hones...

Gardening

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O princípio de uma tarde bem passada.

Vamos ser velhos ao sol

Vamos ser velhos ao sol nos degraus da casa; abrir a porta empenada de  tantos invernos e ver o frio soçobrar no carvão das ruas; espreitar a horta que o vizinho anda a tricotar e o vento lhe desmancha de pirraça; deixar a chaleira negra em redor do fogão para um chá que nunca sabemos quando será - porque a vida dos velhos é curta, mas imensa; dizer as mesmas coisas muitas vezes - por sermos velhos e por serem verdade. Eu não quero ser velha sozinha, mesmo ao sol, nem quero que sejas velho com mais ninguém. Vamos ser velhos juntos nos degraus da casa -  se a chaleira apitar, sossega, vou lá eu; não atravesses a rua por uma sombra amiga, trago-te o chá e um chapéu quando voltar. Maria do Rosário Pedreira           

O programa para esta noite

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