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A mostrar mensagens de 2010

História de um sequestro

Bom...e a pedido de várias famílias, aqui vai: Dia 26 de Novembro de 2010, pelas 06 horas e 35 minutos, quando o avião da Ryanair começa a levantar o nariz no ar, nos céus do Porto, um certo e determinado passageiro que dá pelo nome de Hugo Machado solta uma exclamação de horror: 'Será que deixei a minha namorada fechada dentro de casa, na manhã do dia em que tem de escolher a especialidade...??'. E eis que a dúvida perdura durante as 2 horas e qualquer coisa do voo. Surpresa: não é que deixou mesmo?!?!?! Ora, foi um 'vê-se-te-avias' de telefonemas e de cenários hipotéticos de 'ora agora pede-se a alguém que vá buscar a chave suplente a casa da senhora da limpeza, ora agora peço ao meu pai que vá da Figueira da Foz ao Porto levar uma chave, ora agora chama-se os bombeiros e a polícia...!'. Por fim, tudo se resolveu...a bem, pelo menos até ao regresso a Portugal. O que depois se passou, fica ao critério e à imaginação dos leitores e ao recato do lar dos namorados

Her morning elegance - Oren Lavie

Um som muito agradável e um vídeo muito giro. Uma pequena pérola que descobri graças a um amigo francês, o Fred, naquela coisa-obra-do-demo que é o 'livro das fronhas', também conhecido por Facebook.

O clássico desta semana

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A sede do mal

'Touch of evil', no original de Orson Welles. De 1958. Com um elenco de luxo. Amanhã, no Cineteatro do Campo Alegre, às 22 horas.

Au Revoir Simone - The Lucky One

A música do trailer de 'O Refúgio', de François Ozon.

A música do filme, cantada por Louis-Ronan Choisy e Isabelle Carré

Composta, tal como a restante banda sonora do filme, pelo próprio Louis-Ronan Choisy, que acumula funções de actor, compositor e cantor.

O refúgio

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Um filme nada fácil. Muita realidade, especialmente no que diz respeito às agulhas e às drogas e a um mundo não muito cor-de-rosa. Não obstante isso, acaba por ser interessante porque, de cada vez que parece que sabemos o que se vai passar no filme, acabamos por nos enganar. Isto - e é conclusão a tirar! - é sermos conduzidos ao sabor do que quer quem está por detrás das câmaras, mesmo que não gostemos de estar a ser conduzidos, numa espécie de labirinto esguio em que François Ozon tenta fugir a todas as soluções fáceis e que tornariam o filme ou num feeling good movie ou num longo rosário de deprimente intelectualismo revivalista dos anos 80. É uma sensação estranha, que nos deixa em suspenso, como se nos sentíssemos atirados contra paredes de sentimentos que não são os nossos e que não são a forma como gostaríamos que as coisas fossem e acabassem. Borboletas no estômago, umas quantas vezes. Um aperto, de vez em quando. E alguma esperança no final.

Isso e a música dos Sigur Ros, pronto...

All alright

Quando a sereia canta Sigur Ros...

O filme é realizado por Neil Jordan. É uma história simples, que se desenrola numa aldeia piscatória irlandesa, entre os limites do mito e da realidade. As personagens são bonitas, em especial a interpretada pela pequena Allison Barry, que faz de filha de Colin Farrell, num desempenho impecável. A fotografia é excelente, a realçar as cores do mar e da costa e toda a ambiência do mundo da pesca. Em resumo, acho que Neil Jordan fez simplesmente um filme de que gostava, com os actores que quis, sem pretensões e sem aspirações pseudo-intelectuais. Isso conquistou-me, definitivamente.

Ensemble, c'est tout!

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O livro que devorei em pouco mais de 4 horas foi este. Não consegui parar de ler. Fez-me lembrar as minhas noites da infância e da adolescência em que, à socapa dos meus pais e com a conivência da minha avó, devorava livros atrás de livros. E quando acabei de o ler, pensei cá com os meus botões que estas personagens vão sempre ocupar um lugar na minha memória: - Camille, a desenhadora, com as suas fragilidades disfarçadas de pedras de um muro que foi derrubado pelas lágrimas de um amor quase perdido; - Franck, o cozinheiro, com as suas bronquices recheadas, tipo peru, de pequenas atenções para com as pessoas que amava; - Philisbert, o marquês vendedor de postais, com a sua excentricidade carinhosa e até quase receoso de fazer o bem, sem olhar a quem, e, por fim, - Paulette, a avó, que se fazia despercebida mas que, à conta de um quintal deixado em testamento numa carta, prenunciou o desfecho feliz de quem a rodeava - e que amei ainda mais por me fazer sentir mais perto da minha avó, de

A águia voa ao sol...ou quando John Wayne não faz de cowboy!

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Foi o filme da noite passada. Mais um de John Ford. De 1957. Com um John Wayne, a fazer o papel do aviador da Marinha Americana, Frank 'Spig' Wead. Sendo certo que ditava o preconceito que estivesse, durante o filme inteiro, com a sensação que, a qualquer momento, o ia ver dar-lhe uma coisinha má e sacar do revólver, numa rua poeirenta, em frente a um saloon , algures no longínquo oeste americano. Mas parece que, afinal, não... :) Não é o meu filme preferido do John Ford, definitivamente, mas não dei por perdido o tempo que passei na sala de cinema a ver o filme. O trailer vale a pena pela cena da amaragem intrépida na piscina.

As duas noites passadas

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A tricotar. E a ler compulsivamente, ao mesmo tempo. Já de mantinha nos joelhos. Que prazer me deu! :)))))

My Darling Clementine

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O filme desta noite. Às 22 horas. No Teatro do Campo Alegre. É de 1946, realizado por John Ford, com Henry Fonda no papel de Wyatt Earp.

A paixão dos fortes

O maior foguete do mundo

Devo dizer que a iniciativa me era absolutamente indiferente. Até esta noite. Não é que não goste de fogo de artifício; até gosto. Não gosto é quando parece que os batelões - supostamente, no Rio Douro! - estão a rebentar dentro de minha casa, apesar dos vidros duplos. E muito especialmente quando o meu sobrinho acabou de adormecer há 10 minutos, depois de meia horinha de resmunguice e choro sob a forma de berreiro...! Grrrrrrrrrrrrrrrrrr...!

Bexiguices

Há lá coisa pior que estar num engarrafamento de trânsito durante 90 minutos...e com a bexiga cheia? Está bem, está bem, concordo que há coisas piores na vida! Mas esta arrelia que se farta... :P

Hidroginástica

Foi hoje a primeira aula. A aeróbica dentro de água é um desafio. Quando os exercícios são feitos como manda o figurino. E não como as cinquentonas gorduchas da piscina onde vou fazem. Ok, fui mazinha. Mas dá-me vontade de rir. Divirto-me imenso. E tento fazer os exercícios direitinhos. Enfim...a prova disso é que sei que tenho músculos. Adormecidos, é certo. Porque me doooooeeeeem...! Mas acho que vai valer a pena. ;)

O lobo do mar

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Filme de 1941, realizado por Michael Curtiz. Esta noite, às 22 horas, no Teatro do Campo Alegre. O trailer da época aqui .

E uma das coisas que tenho voltado a fazer é ler!

Há uns tempos, li um livro da Anna Gavalda, emprestado pela Joana. Cuja tradução do título para português reza assim Nunca se é completamente feliz . Pois claro que não! A prova disso é que basta olhar para o título, que é profundamente infeliz. Desenganem-se os que julgam que com uma capa naïf , com girassóis sobre um fundo azul, e um título destes, tudo cheira a ligeireza e a futilidade. Nada disso. O livro é muito bonito e vale a pena vencer o preconceito que nos afasta, ao primeiro olhar da capa e do título. Mal se começa a ler, as personagens começam a ganhar vida dentro de nós. E, a partir daí, é um só fôlego até um final, que só pode ser o de um feeling good book que nunca chega a ser sensaborão, de tão simples e bem escrito que é. Gostei muito. E a bibliografia da senhora é uma das coisas que não me importava de ver no sapatinho este Natal.

É impressionante:

Quanto mais coisas temos para fazer, mais conseguimos fazer! Dentro dos limites do razoável, claro. Isso deixa-me satisfeita.

Que mau...!

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O filme é francamente mau. É o único adjectivo de que me consigo lembrar. A personagem principal é rematadamente bacoca (apesar das tão anunciadas 'curvas'...), o resto das personagens não convence e a adaptação do comic book é fraquinha, muito fraquinha. Que raio passou pela cabeça do Stephen Frears para se sair com uma porcaria destas...?! Irra...! Definitivamente, a evitar.

E eu, como não posso ver nada...

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...aqui estão as minhas lãs, também dobadinhas, Mau Feitio ! É o que faz o Outono estupidamente ventoso e chuvoso, a entrar por aí em força, no primeiro fim de semana de Outubro! P.S.: E, sim, estás desculpada! :))

Seis amigos, quatro garrafas de vinho, uma boa conversa

E, entre gargalhadas, o prosaico ditado, importado directamente de Belém do Pará, a fazer furor, atirado para cima da mesa: "Quem não presta assistência, abre concorrência e perde a preferência!". Uma pérolazinha...de uma noite cheia delas! E muito animada...

Casamento escandaloso

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É este o 'clássico' desta noite. No Teatro do Campo Alegre. Às 22 horas. Lá estarei.

Entre irmãos

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Um bom filme. Bons actores, um realizador excelente - Jim Sheridan. Faltou-lhe o final com a intensidade dramática que o filme merecia. Parece que a fidelidade ao original não deu para mais...foi pena. Ainda assim, é um filme que vale a pena ver.

Um momento de orgulho

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Foi com muita alegria e um ainda maior orgulho que na semana passada recebi a notícia que a minha afilhada entrou na Faculdade. E em Coimbra, tal como eu há muitos anos atrás. (antes) (depois) Foi assustador pensar que ainda há pouco tempo - ou, pelo menos, assim parece! - a aleitei à colher de café - porque ela recusava o biberão! - e que agora fui com ela procurar casa a Coimbra. E ainda mais assustador ainda pensar que ela já tinha ido à minha primeira Queima das Fitas in utero : um prenúncio que veio com 18 anos de antecipação. Mas esta procura de casa e mudança subsequente foram também momentos muito divertidos e alegres...que espero que, para ela, sejam um belo começo! Felicidades, Rita, e diverte-te muito!

A alquimia dos dias

O dia de hoje era um dia que associava à tristeza da morte do meu avô Álvaro, quando criança. Faz hoje 27 anos. E digo 'era'. Porque hoje foi um dia de alegria. Do anúncio de uma nova vida. Uma das minhas amigas mais chegadas aproveitou o dia para me dizer que estava grávida. Para mim, não foi menos alegre nem importante do que o anúncio de que ia ser tia. É mais um sobrinho ou uma sobrinha na minha vida. E isso é definitivamente uma alegria enorme! Estou muito contente! Não só mas também porque este deixou de ser um dia que associo a coisas tristes. A partir de hoje, será um dia que lembrarei com prazer e alegria. Por uma coisa boa! Eis como um acontecimento alegre pode mudar o significado triste de um dia. É a alquimia dos dias!

Cheia de boas intenções e sem ser um inferno

Começou hoje o meu ano de trabalho 2010/2011. Foram quase 12 horas de trabalho. Com uma organização - modéstias e moléstias à parte! - bastante eficaz, estou no bom caminho para, em poucos dias, o serviço acumulado estar novamente em dia. E com boas intenções e firmes propósitos. Tais como fazer de deitar mais cedo à noite a regra e não a excepção, deixar as coisas preparadas para o dia seguinte (como os meus pais me ensinaram a fazer quando era miúda...!), tomar o pequeno-almoço em casa mais vezes e chegar mais cedo ao trabalho. Pronto, bem sei que soam a mesquinhices...mas que eram coisinhas que ajudavam no meu bem-estar e que facilitavam a minha vida, eram! E sabe bem ter propósitos para o novo ano: é uma nova página que se inaugura, com toda a esperança de mudança que em si encerra cada reinício. Vamos lá a ver...!

E, para os meus anos, se não fosse muito incómodo...

...gostaria que a minha prenda fosse estes dois senhores, Monsieur Didier Laloy e Monsieur Bruno Le Tron, a tocarem aqui em casa! Não dá?! Não têm agenda?! Não há cachet ?! Acho mal!!! Este concerto foi do melhor...! Quase todos os músicos tocaram este rondeau mas ninguém o tocou assim! As palmas eram poucas...porque a malta estava ocupada a dançar mas lá cantarolar, toda a gente cantarolou! E vejam também esta mazurka...que bonito! Fiquei fã!

Reinício de emissão

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Depois de uma semana no Sul de Inglaterra, parte das férias foi passada no Boombal Festival , em Gent , na Bélgica, de 26 a 29 de Agosto . Apesar da chuva copiosa que caiu e do lamaçal que foi, no meio dos campos, dançar encharcada até aos ossos (o telemóvel que estava no bolso das calças de ganga deixou de funcionar durante três dias e, apenas ao fim desse período, ressuscitou para a vida activa...) e com lama até aos joelhos, foi do melhor...!!! As bandas foram óptimas, o ambiente era engraçado e, não fosse a chuva e a lama, teriam sido 3 dias e 4 noites perfeitos a dançar. P'ró ano, vamos onde, Cláudia? Itália? França? É melhor começarmos a pensar nisso! Vejam aqui: http://www.boombalfestival.be/uk2010.htm

Sufragista, nunca!!!

Pelo menos, não daquelas que queimavam soutiens publicamente. Não me entendam mal: sou uma acérrima defensora da igualdade de direitos. Só que, apesar de saber que é uma coisa de somenos importância, talvez quase a raiar os limites do mesquinho, ou da falta de gosto a partilha deste momento, a verdade verdadinha é que comprar um soutien sem alças que realmente funciona é mesmo um achado. Principalmente se não se sai ao paizinho. P.S.1: Hoje consegui. P:S.2: Não, não, não há fotos disponíveis. P.S.3: Fim de emissão.

Finalmente

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Vi o 'Shrek - Forever After'. Gostei. Tem piadas engraçadas. Mas já não é bem a mesma coisa. Gostei mais dos outros três filmes. Neste, achei até uma falta de originalidade o mauzão da fita ser uma colagem descarada ao grafismo das personagens de 'Artur e os Minimeus', em especial, no que às características de requintada malvadez concerne, ao vilão Maltazard do épico de Luc Besson. Pode ser de mim, é certo! Mas muito honestamente, não sei se aguento outro destes... they're losing it !

Os dias em que não parecemos pacotes de açúcar

Há dias e dias. Há aqueles em que parecemos aqueles pacotes de açúcar amarelinhos da Nicola, que dizem 'Um dia...' . Hoje não foi um desses dias. Hoje foi daqueles em que, em vez de pensar 'um dia, vou ter vontade e oportunidade para concretizar um monte de coisas que já ando há montes de tempo para fazer...!', fiz mesmo. Depois de um almoço, na esplanada, à sombra, no Centro Comercial Bombarda, eu e a Joana, a amiga e vizinha de cima, fizemos uma verdadeira epopeia de deambulações pela baixa. Passeámos pelas ruas antigas, entrámos e saímos de lojas, descobrimos pechinchas em armazéns e lojas de aspecto mais do que duvidoso - desde tecidos para o patchwork e enchimento para almofadas e bonecos até sandálias e sapatos...! - e foi uma verdadeira alegria de pequenas comprinhas. Ah, e ao vasculhar a Rua dos Caldeireiros à procura de enchimento para almofadas, descobrimos uma autêntica pérola: uma loja, no n.º 11 da Rua do Arquitecto Nicolau Nazoni, obscura e pequena, onde,

Dançando no coreto

Acabo de chegar de uma noite diferente. Passada com os amigos - todos eles dançaólicos, pois claro! -, a dançar, ao som de uma jam session , dos nossos músicos, igualmente dançaólicos. Perante o olhar estupefacto e as fronhas boquiabertas dos turistas e restantes transeuntes que, de câmaras fotográficas e de filmar em riste, se fartaram de filmar... Só espero não aparecer num qualquer Youtube lamentável!!! Mas lá que me diverti, diverti! No Coreto do Jardim da Cordoaria. P.S.: Lá vou eu para a segunda dose de criogel para descanso das pernas esta semana! Infelizmente, a primeira delas era só cansaço e não por ter estado a dançar... P.S.2: Ah, e a sessão dançaólica foi dada por encerrada por volta da 01h15, porque uma das vizinhas foi lá avisar que ou cortávamos o pio aos instrumentos ou ela chamava a polícia. Isto não obstante a barulheira infernal que os bares e as pessoas na rua ali faziam - e fazem todas as noites! - mas deve ser falta de hábito de audição da música; só pode...!

Lido

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Quando ela chegou a casa, ali para os lados de Cedofeita, passeou pelos quartos sem rumo, deslindando as teias do amor, finalmente seu. Abriu a porta do jardim, daqueles compridos e estreitos como só há nas cidades do norte e caminhou até ao fundo, até à gigantesca árvore que o rematava. Quem, há muitos anos, a plantara devia ser mulher, pensou, que só elas gostam das raízes para viver e das folhas para acompanhar os ritmos da vida e sombrear as decisões irreflectidas. Sentou-se no banco e tocou o tronco com a mão. Deixou-se estar uns minutos imóvel. in O Toque 'As fabulosas histórias dela' - Contos do Porto imaginado Beatriz Pacheco Pereira

A lição de zoologia continua

Definitivamente e como disse de forma eloquente a Susana, a propósito de mim, 'não sou um animal de sol'. É que não sou mesmo. O meu tom de pele não é branco: é translúcido. Nem a Branca de Neve me chegava aos calcanhares. E, como a Natureza tem tiques manientos de concordância, eu só podia ter uma relação difícil com o calor. Com a praia. Com os cremes de factor 60 plus, com que tenho de me besuntar. Por isso mesmo, 2 ou 3 idas à praia e um banho de mar anual... and that's it! Claro que, tendo-o sido acompanhado por amigos de longa data que já não via há séculos e outros que estão sempre comigo, não foi suplício nenhum! Como costuma... Foi bem divertido e agradável. E, Zé, eu gostei das papas de aveia com frutos (especialmente com pêssegos), ok...? :D

A hiena e a galinha viva

Toda a gente sabe que a hiena é um animal necrófago. Não obstante, se vir uma galinha viva, não a deixa escapar... Uma das pérolas de um fim de semana, em Vale de Cambra, à roda de uma mesa no jardim com amigos, sol, uma piscina, uma conversa interessante e as melhores caipirinhas de sempre...!!! Tão inesquecível como irrepetível.

A Brancal fechou!

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Bem sei que tudo se acaba...mas fiquei chocada: foi-se a cor, foram-se as lãs...e até as prateleiras! Sem um papelinho sequer na porta a dizer se faliram, se mudaram de sítio... E agora onde vou buscar as minhas lãs para acabar os meus cachecóis de Natal...?!?! Não há direito!

Esta noite

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O Diabo é Marlene Dietrich, em mais um filme de Josef von Sternberg. No cine-estúdio do Teatro do Campo Alegre, às 22 horas. Preço: 3,50 € por bilhete.

Fatalidade

'Dishonored', de 1931, realizado por Josef von Sternberg e com a interpretação de Marlene Dietrich. Gostei muito. Diverti-me ainda mais. E foi uma óptima - e rara! - oportunidade de ver filmes antigos como deve ser: na tela do cinema. No cine-estúdio do Teatro do Campo Alegre. Na terça-feira passada.

Coisa espantosa

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Este ano, o meu manjerico de S. João: - não só passou a barreira psicológica do mês de vida cá em casa (bom, já é coisa rara passar do S. Pedro...!!!); - como está em flor, vejam só!!! E o manjericão, semeado há meses, está crescido, saboroso e recomenda-se! Em cima de mozzarella às fatias e regado com um fio de azeite, então...hummmm!

A questão

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Não é ir vê-la. É ir ouvi-la , isso sim. No Coliseu do Porto. Esta noite, às 22 horas.

Fiquei com vontade de mais

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Eu tratava de brincar com o léxico subterrâneo de Buenos Aires, mas aquilo que ao Tucumano saía com naturalidade, a mim confundia-me. Às vezes, nas reflexões que escrevia para a minha tese, escapavam-se algumas dessas palavras fugazes. Suprimia-as assim que me dava conta, porque ao voltar a Manhattan já as teria esquecido. A língua de Buenos Aires movia-se tão depressa que primeiro apareciam as palavras e só depois surgia a realidade, e as palavras continuavam quando a realidade já se tinha ido embora. 'O cantor de tango' Tomás Eloy Martinez Buenos Aires é a história, vivida e calcorreada por quem a conhece. Povoada de personagens que ali viveram mas, desta vez, recriadas numa existência paralela, desvio da realidade das biografias históricas, quase quase verosímil, e como peões de um mapa histórico da cidade e das atrocidades que sofreu durante a ditadura, por entre tangos e milongas , os fantasmas-sombra de Evita e Juan Péron, Carlos Gardel, Jorge Luis Borges e Julio Martel.

Este mês

Trabalhei muito. E não escrevi aqui. Não houve tempo. Mas também não houve tempo porque. Porque li. Porque tricotei. Porque fui ao cinema. Porque houve jantares com os amigos. Porque houve jantares de fim de ano de trabalho. Porque passei tempo com o meu sobrinho e afilhado. Porque não foi só trabalhar. Porque sim. E porque não. Mas, principalmente, porque me apeteceu.

O susto cultural!!!

Cheguei hoje cedo a casa: 20h15. Entenda-se: cedo para o que tem sido nas últimas semanas o costume. Depois de ter comido qualquer coisa, liguei o pc. Comecei a pensar: que diabo vou fazer até às 22h*...............? E fiquei estarrecida ao dar comigo a pensar em voltar a trabalhar depois de ter parado de o fazer desde manhã há apenas uma hora. Por parecer a coisa mais natural a fazer. Isto de andar a acumular o meu habitual serviço com o de uma grávida em licença de maternidade anda a pôr-me louca. E a fazer-me trabalhar por dois e meio, o que é péssimo. Então, quando a isso se junta um relatório de final de estágio da minha estagiária...está tudo tramado. E criam-se hediondas rotinas. Que diabo! Só há lugar para um 'aholic' na minha vida. E já está preenchido: já me confessei dançaólica. Por isso, vá de parar imediatamente com esta estupidez. Antes que me torne numa abóbora 'workaholic'. E vá de voltar a ver os blogues das amigas, a blogar...e, dois minutos depois, já

Domingo à tarde

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A Sagração da Primavera Igor Stravinsky Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida por Cesário Costa Coreografia de Olga Roriz Centro Cultural de Belém Aqui .
What is there to know? All this is what it is You and me alone Sheer simplicity

Afonso

Veio ao mundo às 15 horas e 57 minutos. Com 3,050 kg de peso. E 50 cm de comprimento. Ao fim de 32 horas. E fez de mim uma tia muito feliz! E orgulhosa! E...e babada, pronto! E, mais do que isso, emocionada...ou a palavra adequada será choramingona?? Depende do que vier no dicionário acerca de fazer o caminho do trabalho para a visita do hospital com as lágrimas a saltar-me dos olhos, de alegria. Nem sei bem... Sei é que, isso sim, me assustou como o diabo pegar nele ao colo, com menos de 4 horas de vida. De uma vida que todos esperamos longa e feliz.

Fest-i-ball

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Começa hoje. Mas só vou amanhã. A Lisboa. Assistir ao concerto dos Naragonia . Uma das primeiras bandas folk que ouvi e de que aprendi a gostar. E dançar, claro! O programa completo do Fest-i-ball está em www.tradballs.blogspot.com .

Porque é que isto não me saiu todo o dia da cabeça...?

Será porque o concerto de ontem foi fantástico...?! Muito muito muito bom!!

Just can't stop feeling this is going to be a great night...

Vídeo engraçado. Música divertida. E logo será uma noite óptima, tenho a certeza. Com estes senhores em palco. Trocaram-me as voltas no ano passado, quando vieram ao Paredes de Coura, fora de tempo. E apanharam-me de férias, na Islândia. Mas, desta vez, não me escapam...!

E o fim da noite foi...

...uma generosa dose de criogel (= definição de uma espuma, de cor azul eléctrico, muito fresca, a atirar para o pegajosa mas que faz verdadeiros milagres em pernas cansadas...!!!) e chá de hortelã-pimenta bem forte. Acho que amanhã estarei recuperada do evento dançante...! Ou, pelo menos, assim espero. Porque já arranjei evento para amanhã. E também é dançante...mas de um outro género! Remédio santo!

Dançar, dançar, dançar...!

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Até cair para o lado de cansaço...e com os pés inchados e os tornozelos a doer, mas sempre de braços estendidos se alguém me convidasse para dançar, ainda que o corpo já não conseguisse responder condignamente. Foi divertido, muito divertido! P.S.: Mais uma vez, fico absolutamente surpreendida com a dor nos tornozelos...os pés, os gémeos das pernas, tudo bem: agora os tornozelos!!! Ele há coisas que eu nunca julguei que fosse possível doer mas, caramba, lá que dói, dói...! Cheira-me que a culpa deve ter sido das várias polkas dançadas a ritmo alucinante... ;)) Mas valeu a pena cada minuto, isso valeu!

Isso é lá maneira de se fazer um convite...

Pergunta-me a minha irmã: - Já acabaste a manta para o teu afilhado ? - Afilhado...?! Qual afilhado...?!? Para o Afonso? Não... E quando me ia sair boca fora o chorrilho do rosário-o-trabalho-anda-péssimo-não-tenho-tempo-nem-para-respirar-etc-etc-etc, eis que ela repete: - Manta para o teu afilhado , sim...! E foi aí que percebi. Depois do espanto inicial, fiquei contente. Parece que as palavras me costumam faltar, nestas alturas. Mas, de seguida, fiquei estarrecida. Acho que vou ter de comprar um catecismo infantil: nunca soube o Credo...!!! E acho que agora é coisa para me fazer falta...

Semana de inícios e reinícios

Ontem, foi dia de regressar ao trabalho. E foi também o dia em que os andaimes começaram a espreguiçar-se sobre a fachada das traseiras do prédio. Onde se espraiarão nos próximos três meses de obras... Há uma vantagem: um dos propósitos do início do ano, era começar o dia mais cedo; ora, com os trabalhadores a picaretar as paredes exteriores anexas ao meu quarto a partir das oito em ponto, acho que vou ser uma rapariga bem mais madrugadora...! Ou isso...ou arranjo maneira de lhes boicotar o serviço. Mas não estou bem a ver como...

A história única e os seus perigos

Quem me conhece bem, sabe quanto detesto vídeos longos...mas este vale a pena! Despertou-me a curiosidade: na verdade, é só começar a ver. E de certeza que ficarão até ao fim, como eu fiquei. Obrigada, Paulo!

O balanço da véspera

Há muito tempo que não passava umas férias, ainda que de apenas seis dias úteis, no Porto. Sem correr desenfreadamente mundo fora, por mais perto que fosse. Mas devo confessar que me soube bem. E é por isso que, na véspera do regresso ao trabalho, dou por mim a fazer o balanço. Que se traduz em vários projectos: - acabei, na véspera da Páscoa, o cachecol azul, que me deu uma trabalheira medonha e que havia começado na véspera do Natal; - terminei também o cachecol verde/bege matizado, que é já uma prenda encomendada, a ser entregue a muito longo prazo; - embarquei na aventura culinária da Páscoa - o folar - e, apesar de com uma pontinha de açúcar a menos, já tratei de corrigir na receita; - fui ao cinema ver vários filmes que me agradaram bastante - mas continua a faltar o Alice no País das Maravilhas...!; - acabei de cortar os retalhos da colcha para o Afonso e já vou bem a um terço da dita, pelo menos, da parte da frente...; - consegui finalmente tempo para ler o romance que andava h

A guerra é viciante

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E o filme também o é. Confesso que fui preconceituosa: face à desilusão de um Avatar (do qual, aliás, nunca esperei muito...!), aventei para mim própria a possibilidade de os Óscares atribuídos ao 'Estado de guerra' o terem sido mais por falta de concorrência à altura - a julgar pela amostra, pelo menos! - do que pelo próprio mérito do filme. Como se diria nos concursos americanos em que moças vestidas de lantejoulas coloridas pululam ao redor de apresentadores com más piadas: 'Wrooooong answer!'. Os restantes Óscares parecem-me merecidos. Os actores são óptimos, a direcção dos mesmos brilhante. Aliás, tenho aqui que fazer um parêntesis: eu, que até reparo pouco no som que os filmes têm, especialmente em comparação com as imagens, fiquei muito bem impressionada com a qualidade do som do filme. Antes mesmo de chegar a casa e de ter visto que tinha ganho o Óscar para 'Best Sound Editing'. É, de facto, merecedora de relevo. Tudo isto para chegar ao ponto em que dev

Et voilà...o folar da Páscoa!

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500 g de farinha 125 g de manteiga ou margarina 20 g de fermento de padeiro 125 g de açúcar 3 ovos 2,5 dl de leite sal erva-doce canela Dissolver o fermento num pouco de leite morno e juntamente com 100 gr de farinha, fazer uma massa. Deixar levedar. Entretanto, trabalhar a restante farinha com os ovos, o açúcar e o leite, até obter uma massa muito leve, bem enfolada, mas com bastante corpo. Adicionar depois a margarina, sal, erva-doce e a canela. Trabalhar bem a massa e, por fim, juntar o fermento que esteve a levedar. Amassar até a massa se desprender das mãos e do alguidar. Cobrir com um pano e deixar levedar durante 2 a 5 horas em local aquecido. Decorrido esse tempo, fazer uma bola com a massa e achatar a mesma, colocando sobre ela um ou mais ovos cozidos, conforme o tamanho da base da massa. Segurar os ovos com algumas tiras de massa. Pincelar com gema de ovo e cozer em forno quente.

Uma receita simples...

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Um amigo meu, quando soube que tinha visto o filme, perguntou-me se não era demasiado 'cor-de-rosa'. Sabem que mais? Talvez a resposta seja 'sim'. Mas isso não me impediu de gostar do filme. Antes pelo contrário. Para além de ter planos excelentes - menos não seria de esperar de Sam Mendes...! - e cenas verdadeiramente hilariantes - a cena do carrinho de bébé vale a ida ao cinema pelas gargalhadas bem dadas que consegue arrancar a espectadores mais insuspeitos... -, é uma receita tão simples quanto bonita daquilo que - também eu acredito ser e... - é uma vida feliz. Desde que estejamos dispostos a ir onde tiver que ser. Assim sendo...e, como no filme: Away we go . Vejam o trailer aqui .

A Primavera está aí...!

E quando chega a sério, com um dia cheio de sol como este, é mesmo bom. Abaixo os pólens e as alergias!!! Viva a boa-disposição e a alegria de um dia de primavera, que compensam tudo...! :)

Pasta de queijo fresco

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350 g de queijo fresco em creme 1 cebola 1 pepino 2 limões azeite Colocar o queijo dentro de uma taça e bater com um garfo até ficar bem cremoso. Bater o sumo dos limões com 6 a 8 colheres (sopa) de azeite. Adicionar ao queijo e deixar repousar 30 minutos. Descascar e picar finamente a cebola e o pepino. Juntar ao queijo, temperar com sal e pimenta e mexer suavemente. Servir com pão acabado de fazer ou tostas.

Whatever works...

...this time it really did work!!! Acho que é o que diz qualquer pessoa que tenha visto o último filme realizado pelo Woody Allen. Variações sobre temas e tipos de gente a que já nos tinha habituado e que fazem parte do ideário Allen...mas com muita graça! Gostei muito e diverti-me ainda mais!

An end has a start - Editors

I don't think that it's Gonna rain again today There's a devil at your side But an angel on her way Someone hit the light 'Cause there's more here to be seen When you caught my eye I saw everywhere I'd been And wanna go to You came on your own That's how you'll leave With hope in your hands And air to breathe I won't disappoint you As you fall apart Some things should be simple Even an end has a start Someone hit the light 'Cause there's more here to be seen When you caught my eye I saw everywhere I'd been And wanna go to You came on your own That's how you'll leave With hope in your hands And air to breathe You lose everything By the end Still my broken limbs You find time to mend More and more people I know are getting ill Pull something good from The ashes now be still You came on your own That's how you'll leave With hope in your hands And air to breathe You lose everything By the end Still my broken limbs You choose t

No salão de cabeleireiro # 2

Mais uma vez , uma tarde pouco ocupada no salão. E uma conversa muito bem-disposta. Cheia de sorte que eu estava anteontem... Entre o som dos secadores de cabelo e de pincéis a misturar tintas, uma conversa animada entre a Zézinha e a ajudante Juliana, a D. Piedade (mais conhecida por Piedade do Tasco, por ser a senhora amorosa que faz uns deliciosos rissóis e bolinhos de bacalhau numa casa de pasto muito conhecida à beira-rio do Porto) e uma senhora que foi colega de escola primária da minha mãe, a propósito daquelas empresas que telefonam para casa de qualquer mortal a oferecer-se para emprestar dinheiro a juros altíssimos e que acabam por depenar meio mundo. Até que a Zézinha diz: - Então, ali a Nelinha não me veio pedir para ser fiadora da compra de um carro?! Veio-me, toda lampeira, dizer 'Ó Zeza, tu bem que podias ser minha fiadora: é que eu queria comprar um carro mas vai ter de ser a 'laser'...é que eu não posso pagar a pronto! Ora bem, toda a gente sabe que esta co

Ainda bem que nenhum dos irmãos Coen é um homem sério...

...é que se fossem, não tinha achado tanta graça como achei! E não tinha saído do cinema ainda a rir-me de cada vez que me lembrava de algumas das cenas. Talvez não seja um filme para todo e qualquer sentido de humor, mas eu gostei muito. Como gosto - quase! - sempre, aliás, dos filmes 'a la Coen'. Muito bom, pois!

Ó prá minha mesa...!

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Hoje foi finalmente dia de cortar os retalhos para a manta do Afonso . Já não é nada cedo. Ainda não sei bem como vou organizar o padrão. Mas acho que vou tentar a táctica da Mau Feitio: mingle . Intuitivamente. Se não resultar, faço aquilo que seria a minha primeira opção e muito menos imaginativo: organizar. :)

Antibiografia

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E agora, tantos anos depois, contar histórias é um hábito crónico; não sei fazer outra coisa. Mas, hoje em dia, a mitologia que me espicaça a curiosidade é a das alternativas imaginadas. De certa forma, as escolhas e as contingências fazem com que estejamos onde estamos, que sejamos a pessoa que somos, e todo o processo parece tão incerto que, quando olhamos para trás, para esses momentos climácticos em que as coisas podiam ter sido totalmente diferentes, em que a vida poderia ter tomado um rumo diferente, ficamos a pensar neste desfecho aparentemente arbitrário. Os romancistas têm um controlo absoluto sobre o seu material - o que escrevem, o que deixam de escrever, a forma como as pessoas devem comportar-se, o que tem de acontecer. Esse, claro, é também o problema ao escrever ficção, e explica muita coisa, desde o bloqueio do escritor (que significa muito simplesmente que não sabemos como continuar) até às deficiências individuais. Mas o escritor consegue impor a ordem ao caos, impor

O verbo 'neurar'

Ontem - sim, já foi ontem! -, a propósito do meu dia difícil e do meu fim de tarde ainda mais difícil, naquela parte em que eu própria já começava a ficar irritada comigo mesma porque já nem a mim me conseguia aturar, tal era o tau com que estava, uma pessoa que me conhece muito bem fez uma observação muito simples mas que, a esta luz, me parece brilhante e que traduz numa palavra e numa acção só aquilo que eu estava a fazer: - 'Tás a neurar! É que estava mesmo. E agora já sei que tenho um verbo para mim própria. Que me assenta como uma luva nestas ocasiões. Felizmente cada vez menos frequentes. Comecei a pensar na conjugação verbal: eu neuro, tu neuras, ele neura...and so on and so on. E acabei a sorrir.

Flor de orvalho

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Existe uma flor que encerra Celeste orvalho e perfume. Plantou-a em fecunda terra Mão benéfica de um nume. Um verme asqueroso e feio Gerado em lodo mortal, Busca esta flor virginal E vai dormir-lhe no seio. Morde, sangra, rasga e mina, Suga-lhe a vida e o alento; A flor o calix inclina; As folhas, leva-as o vento, Depois, nem resta o perfume Nos ares da solidão... Esta flor é o coração, Aquele verme o ciúme. 'O verme' Machado de Assis

Vai um workshop de forró pra animar o fim de semana...?

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Ora bem...não sei bem se isto não será um excesso de confiança da minha parte nas minhas capacidades de dançaólica!!! Mas lá que vai ser divertido, isso desconfio que sim... ;) Logo conto.

A utilidade do erro...ou o mal da mania de se ser perfeitinha!!!

Ora bem. Toda a questão filosófica se enreda de volta do tricot . Deixei cair uma malha. Por pura distracção. Pois, isto nada tem de escandaloso. E muito menos de estranho, pelo menos quando o cachecol tem já uns bons 80 centímetros de comprimento. A questão coloca-se quando, em vez de apanhar a malha - coisa que eu saberia fazer se nas minhas experiências anteriores ou nos workshops tivesse deixado cair alguma! -, dei por mim a ter de desmanchar umas duas ou três linhas de tricotado, até conseguir chegar a um ponto em que fosse possível retomar o tricotado sem erros. Pronto, e é isto: Se não fosse esta mania de tentar - e ir conseguindo! - fazer as coisas mais ou menos direitinhas, eu saberia corrigir o erro. Mas, assim, enfim...tive mais trabalho! Conclusões: 1. O erro é pedagógico. 2. Desde a Antiguidade que os filósofos devem ser todos umas nódoas a apanhar malhas no tricot . Tenho dito.

Uma noite bem-disposta

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No Coliseu do Porto, pois claro! Só posso dizer que, a propósito do espécime de fato de treino (e sapato alto dourado, nas senhoras, e mocassins pretos com meia branca, nos homens...!) que pulula nos hipermercados ao fim de semana, já me doía a barriga de tanto me rir. Foi giro, sim senhor. Fez-me lembrar os primeiros tempos da conversa da treta, em que a dupla Feio/Gomes tinha efectivamente muita graça. E isto apesar de o som estar mesmo muito muito muito mau...

Ele está aí...

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De 26 de Fevereiro a 06 de Março. No Rivoli. Já fui cuscar o programa e o que não falta é muita coisinha boa para ver. Eu sei quem não vai faltar: eu!!!

Escrita a luz

O coração é como a escrita a sumo de limão. Só se revela quando alumiado por uma luz singular.

Todas as manhãs

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Quando acordo, é bom abrir a janela e ver, por entre as telhas vermelhas, uma árvore florida. E outras árvores também. São os quintais do centro da cidade do Porto. E é engraçado descobri-los da janela do meu quarto. Não pensei que fossem tantos assim... :)

Sopa de abóbora com gengibre

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2 kg de abóbora de várias espécies, aos cubos 1,5 litro de caldo de galinha 400 ml de leite de côco gengibre q.b. alguns fios de açafrão

A casa do fim de semana

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O meu quarto. Onde descansei das longas e divertidas horas de dança. Pormenores da cozinha. Onde se comeu e bebeu lindamente, tudo com muitas piadas e gargalhadas à mistura. A sala. E os corações de lado, ele há-de ser culpa de alguém. Mas só não vou dizer de quem porque não me fica lá muito bem... ;) Por fim, a esplanada e a piscina. Que só não usámos porque...não tivemos tempo, claro! Que o frio de rachar e a chuva não tiveram nada que ver com isso...